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Contabilistas certificados voltam às urnas para eleger bastonário

A segunda volta das eleições para bastonário decorre esta quinta-feira, 8 de Fevereiro, num clima muito aguerrido e depois de nenhuma das listas a concurso ter conseguido mais de 50% dos votos.

Bruno Simão
07 de Fevereiro de 2018 às 22:20
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Os Contabilistas Certificados vão a votos esta quinta-feira, 8 de Fevereiro, para eleger o novo bastonário. Trata-se da segunda volta do acto eleitoral depois de, numa primeira votação, que decorreu em Dezembro, nenhuma das quatro listas ter conseguido a maioria dos votos.  Desta vez confrontam-se Paula Franco, a candidata da lista A, que obteve 49,3% dos votos na primeira ronda, e José Araújo, da lista D, que obteve 21,3%. Filomena Martins da lista B, e Lopes Pereira, lista C, já vieram, entretanto, dar o seu apoio na segunda volta ao candidato José Araújo. 

Este acto eleitoral é o primeiro desde a morte de Domingues de Azevedo, fundador da antiga Associação dos Técnicos Oficiais de Contas e líder histórico da instituição. Foi o primeiro bastonário e, quando morreu, sucedeu-lhe Filomena Moreira, que não chegou a ir a votos.

A campanha eleitoral foi muito disputada e concorrida e ficou marcada por vários episódios polémicos. A começar por uma acção em tribunal colocada pela Lista A por alegadas irregularidades nos processos de candidatura de algumas das outras listas. Não é conhecida ainda qualquer decisão judicial, mas a existência do processo coloca uma espada por cima de quem seja eleito, uma vez que as eleições podem vir a ter de ser repetidas se o tribunal assim o entender.

Outra polémica teve a ver com notícias que vieram a lume sobre os elevados salários auferidos pelos responsáveis da Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC). Em plena campanha, todos convergiram no sentido de que as remunerações que estão fixadas são exorbitantes e devem baixar, passando os cargos não executivos a ser remunerados através de senhas de presença.

A OCC é uma organização poderosa, com grande capacidade de intervenção pública e à volta da qual gravitam várias figuras influentes. Parte da sua força é justificada com a sua dimensão (tem ao todo 70 mil associados, o que a transforma numa das maiores ordens profissionais do País) mas também com o seu orçamento, que atinge os 20 milhões de euros anuais. Outro ponto de convergência entre os candidatos é a de que é precisa mais transparência e que todos os membros saibam para onde vai o dinheiro.

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