O consumo nos Estados Unidos (EUA) cresceu 0,7% em Janeiro, face ao mês anterior, naquele que foi o ritmo mais elevado dos últimos quatro meses, anunciou hoje o Governo norte-americano.

O consumo foi impulsionado pelos gastos com os bens duradouros, que progrediram 1,9% depois de diminuirem 1% em Dezembro, com o sector automóvel a ser o principal responsável pela evolução registada no primeiro mês deste ano.

Os bens não duradouros foram responsáveis por um crescimento de 0,6% em Janeiro, contra um aumento de 0,1% no mês anterior, enquanto as despesas relacionadas com os bens e serviços avançaram 0,7%, acima do incremento de 0,4% verificado no último mês do ano passado.

Os rendimentos das famílias norte-americanas aumentaram 0,6% no mesmo período, depois de subirem 0,4% em Dezembro, com o índice que mede a evolução da poupança a cair para o seu nível mais baixo de sempre, ao registar um valor negativo de 1%.

O aumento do consumo, responsável por dois terços do produto intreno bruto (PIB) norte-americano, foi de encontro às afirmações do presidente da Reserva Federal, Alan Greenspan, que defendeu ontem que o «excepcional grau de abrandamento económico foi tão evidente no final de 2000, que em Janeiro e Fevereiro este ritmo foi menos evidente».

No entanto, o líder da autoridade monetária norte-americana sublinhou que a perda de ritmo da maior economia mundial ainda não terminou, apesar da melhoria verificada desde o início deste ano.

O índice de confiança dos consumidores norte-americanos desceu para os 106,8 pontos em Fevereiro, depois de ter atingido os 115,7 pontos no mês anterior, atingindo o nível mais baixo desde Junho de 1996, de acordo com dados divulgados esta semana pelo «Conference Board».

O FED desceu a sua principal taxa de juro em 100 pontos base para os 5,5% durante o mês de Janeiro, na tentativa de impulsionar o crescimento da economia dos EUA, com os analistas a acreditarem numa nova diminuição do custo do dinheiro no final de Março, por ocasião da próxima reunião da autoridade monetária.