O indicador de confiança dos consumidores portugueses caiu no mês de Setembro, interrompendo o movimento ascendente iniciado em Maio. O indicador de clima económico também recuou durante o mês em análise, de acordo com dados divulgados pela Instituto Nacional de Estatística (INE).

A confiança dos consumidores caiu para 31,9 pontos negativos no mês de Setembro, face ao 31,8 pontos negativos registados no mês de Agosto. Esta queda é justificada pelo aumento de sentimento pessimista.

«As expectativas sobre a situação económica e financeira das famílias, sobre a evolução do desemprego e sobre a constituição de poupanças apresentaram-se mais pessimistas», de acordo com o INE.

O indicador de clima – que considera informação relativa aos sectores da indústria transformadora, construção, comércio e serviços – registou uma queda no mês de Setembro, passando de 0,6 pontos em Agosto para 0,1 pontos no período em análise.

O inquérito de conjuntura à indústria transformadora revela que este sector interrompeu a tendência de melhoria iniciada em Maio. O indicador de confiança caiu de 6,4 pontos negativos para 6,8 pontos negativos de Agosto para Setembro.

A procura global e as perspectivas de produção para os próximos meses foram os pontos que mais pressionaram o índice em questão.

O indicador de confiança da construção e obras públicas contrariou a queda, registando uma evolução positiva para 44,3 pontos negativos no mês de Setembro, o que compara com 44,5 pontos negativos registados no mês anterior, este indicador tem verificado melhorias desde Abril.

«Para esta evolução contribuiu o comportamento das indicações sobre a carteira de encomendas que mais do compensou a degradação das perspectivas de emprego», segundo o mesmo relatório.

O inquérito de conjuntura ao comércio revelou uma melhoria na confiança do sector, passando de 6,3 pontos negativos em Agosto para 4,5 pontos negativos no mês de Setembro.

A evolução foi impulsionada por um «comportamento mais favorável de toda as duas componentes, actividade corrente, actividade prevista para os próximos três meses e apreciações sobre o nível de existências em armazém».

A confiança do sector dos serviços caiu no mês de Setembro para 3,4 pontos o que compara com 7,0 pontos registados no mês anterior, justificado pelas «apreciações negativas sobre a actividade recente da empresa, bem como a degradação das opiniões relativas à situação da carteira de encomendas», com base no relatório do INE.