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Conselheiro económico de Merkel considera apoios à Grécia "insuficientes"

As recentes medidas da Zona Euro para ajudar a Grécia "são insuficientes", e a crise das dívidas soberanas "tornou-se uma séria ameaça" à união monetária europeia.

02 de Agosto de 2011 às 11:50
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"O pacote para a Grécia não chega para pôr o país numa situação financeira estável", afirmou Lars Feld, conselheiro económico do Governo alemão e membro dos chamados 'cinco sábios'", em entrevista ao jornal Sueddetusche Zeitung.

Feld advertiu ainda que as turbulências nos mercados financeiros não cessaram após as decisões da cimeira de líderes da Zona Euro, há duas semanas, e disse esperar que as dúvidas dos mercados regressem mais em força em Setembro. Ou seja, a união monetária europeia continua ameaçada, concluiu.

Entre as novas medidas do novo pacote de ajudas à Grécia em Julho, que têm um volume de 109 mil milhões de euros, incluem-se juros mais baixos para os empréstimos da União Europeia, e também o prolongamento do prazo das respectivas maturidades.

Além disso, os credores privados, nomeadamente os bancos e as seguradoras, participam, pela primeira vez, na tentativa de equilibrar as contas públicas de Atenas, renunciando a cerca de 20% dos empréstimos anteriormente concedidos, e aceitando a prorrogação dos respectivos prazos de pagamento.

Para Feld, porém, a reestruturação da dívida grega decidida pelos líderes dos países da moeda única não basta, "é preciso um corte maior, com a participação dos credores privados".

A participação voluntária dos bancos decidida em Bruxelas "só beneficia os especuladores financeiros, porque recebem 80% do valor nominal dos seus títulos da dívida grega, embora estes só estejam a valer 50% no mercado de capitais", observou o director do Instituto Walter Eucken, de Freiburgo.

Feld advertiu também contra a transformação da zona euro numa união de transferência financeiras, que em sua opinião "traria uma sobrecarga exagerada para países com finanças sólidas e para os seus contribuintes, e poria em causa a aceitação da união monetária nas economias mais fortes", caso da Alemanha.

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