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Conjuntura não pode ofuscar sustentabilidade, diz Marcelo Rebelo de Sousa
Na Grande Conferência Negócios Sustentabilidade 20|30, que decorreu em Cascais e transmitida em streaming, o Presidente da República sublinhou que a pandemia e a guerra não podem atrasar as mudanças necessárias para o futuro.
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08 de Abril de 2022 às 21:01
O Presidente da República frisou esta sexta-feira a importância de se continuar a apostar, de forma continuada, na sustentabilidade, mesmo apesar das circunstâncias difíceis, como foi a pandemia e é atualmente a invasão militar na Ucrânia. Sustentabilidade "é o futuro inevitável. É o médio prazo, é o longo prazo. Nós gostaríamos que fosse ainda mais o curto prazo. Mas é inevitável. E no entanto, há tanta coisa e tanta gente que não percebe isso", frisou Marcelo Rebelo de Sousa, no encerramento da Grande Conferência Negócios Sustentabilidade 20|30, que decorreu em Cascais e transmitida em streaming.
"Vivemos a pandemia, vivendo o dia a dia. Aprendendo a lidar com uma realidade nova para qual não estávamos preparados, ninguém estava preparado", recordou. Ainda assim, os receios de uma doença desconhecida não foi o suficiente para que se deixasse de pensar no futuro e em sustentabilidade. "Continuamos a querer dizer que estamos vivos e queremos futuro. Queremos melhor futuro. Olhamos para o médio e para o longo prazo", assegurou o chefe de Estado.
Quanto à crise militar na Ucrânia, invadida pela Rússia. Marcelo Rebelo de Sousa lembrou que o conflito, apesar de ser próximo, tem uma escala global."Está a dois, três dias sem dormir de automóvel até à Polónia ou a outro país circundante da Ucrânia e é muito próxima porque temos uma grande comunidade de ucranianos a viver no nosso país. E, no entanto, é global. O que está em causa é o jogo de poderes globais no mundo. De um lado e de outro, as diplomacias não param um segundo."
Olhando para estes dois importantes eventos mundiais, o Presidente da República sublinhou que não se pode deixar de lado a sustentabilidade e a preocupação com o ambiente por causa deles. Até porque, apontou, "não sabemos quanto tempo dura a conversão da pandemia em endemia. Não sabemos quanto tempo demora a guerra, quanto tempo demoram os efeitos da guerra. O que se passará a seguir. Nenhum de nós sabe quais são os efeitos finais e globais desta guerra".
Marcelo Rebelo de Sousa reforçou a necessidade de olhar para lá da conjuntura e deu o exemplo da subida dos preços dos bens e da importância de ver para lá do dia seguinte, mesmo com a inflação e os valores a subir. Admitiu que a sustentabilidade é mais difícil de explicar aos mais velhos e a Europa tem uma população muito envelhecida. É preciso explicar-lhes, afirma o Presidente, que se "impõe olhar para as gerações seguintes e olhar para o mundo que é preciso preservar".
Em concreto falando das empresas, lembrou que nem todas andam ao mesmo ritmo e que de nada vale olhar só para as de maior dimensão e os passos que essas já estão a dar na sustentabilidade. "O nosso tecido empresarial é feito esmagadoramente de pequenas e médias empresas. E nessas pequenas e médias empresas muitas estão a mudar, mas para outras é um processo mais lento. Não podemos deixar que uma parte do país fique para trás, a uma grande distância dos pioneiros e percursores," defendeu o chefe de Estado.
Por último, elogiando a presença de mulheres e jovens na plateia, o que considerou ser "também um sinal de sustentabilidade", lançou um apelo aos responsáveis das empresas. "É preciso que empresários e gestores façam aquilo que é preciso em Portugal, que é criar uma sociedade civil forte. É muito difícil, tudo depende do Estado. E nem é do poder local, que faz o que pode. Nem dos poderes regionais," acredita Marcelo Rebelo de Sousa. "Falar de sustentabilidade significa mudar a mentalidade. E é muito difícil mudar. Muda de forma muito lenta", concluiu, num discurso onde elogiou também o prémio do Negócios e os dois vencedores do dia: Jorge Sampaio, a título póstumo, e Cláudia Azevedo, CEO da Sonae.
"Vivemos a pandemia, vivendo o dia a dia. Aprendendo a lidar com uma realidade nova para qual não estávamos preparados, ninguém estava preparado", recordou. Ainda assim, os receios de uma doença desconhecida não foi o suficiente para que se deixasse de pensar no futuro e em sustentabilidade. "Continuamos a querer dizer que estamos vivos e queremos futuro. Queremos melhor futuro. Olhamos para o médio e para o longo prazo", assegurou o chefe de Estado.
Olhando para estes dois importantes eventos mundiais, o Presidente da República sublinhou que não se pode deixar de lado a sustentabilidade e a preocupação com o ambiente por causa deles. Até porque, apontou, "não sabemos quanto tempo dura a conversão da pandemia em endemia. Não sabemos quanto tempo demora a guerra, quanto tempo demoram os efeitos da guerra. O que se passará a seguir. Nenhum de nós sabe quais são os efeitos finais e globais desta guerra".
Marcelo Rebelo de Sousa reforçou a necessidade de olhar para lá da conjuntura e deu o exemplo da subida dos preços dos bens e da importância de ver para lá do dia seguinte, mesmo com a inflação e os valores a subir. Admitiu que a sustentabilidade é mais difícil de explicar aos mais velhos e a Europa tem uma população muito envelhecida. É preciso explicar-lhes, afirma o Presidente, que se "impõe olhar para as gerações seguintes e olhar para o mundo que é preciso preservar".
Em concreto falando das empresas, lembrou que nem todas andam ao mesmo ritmo e que de nada vale olhar só para as de maior dimensão e os passos que essas já estão a dar na sustentabilidade. "O nosso tecido empresarial é feito esmagadoramente de pequenas e médias empresas. E nessas pequenas e médias empresas muitas estão a mudar, mas para outras é um processo mais lento. Não podemos deixar que uma parte do país fique para trás, a uma grande distância dos pioneiros e percursores," defendeu o chefe de Estado.
Por último, elogiando a presença de mulheres e jovens na plateia, o que considerou ser "também um sinal de sustentabilidade", lançou um apelo aos responsáveis das empresas. "É preciso que empresários e gestores façam aquilo que é preciso em Portugal, que é criar uma sociedade civil forte. É muito difícil, tudo depende do Estado. E nem é do poder local, que faz o que pode. Nem dos poderes regionais," acredita Marcelo Rebelo de Sousa. "Falar de sustentabilidade significa mudar a mentalidade. E é muito difícil mudar. Muda de forma muito lenta", concluiu, num discurso onde elogiou também o prémio do Negócios e os dois vencedores do dia: Jorge Sampaio, a título póstumo, e Cláudia Azevedo, CEO da Sonae.