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Confiança das empresas e dos consumidores melhora em Fevereiro

A confiança das empresas e dos consumidores portugueses melhorou em Fevereiro, afastando-se do patamar em que se situou nos quatro meses anteriores e retornando a níveis que já não se verificavam desde Junho de 2005, segundo o inquérito de conjuntura do I

02 de Março de 2006 às 15:44
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A confiança das empresas e dos consumidores portugueses melhorou em Fevereiro, afastando-se do patamar em que se situou nos quatro meses anteriores e retornando a níveis que já não se verificavam desde Junho de 2005, segundo o inquérito de conjuntura do Instituto Nacional de Estatística (INE).

O indicador de confiança dos consumidores recuperou, retomando a ténue tendência de melhoria iniciada em Outubro, apesar de ainda não ter anulado a forte degradação ocorrida entre Junho e Agosto do ano passado. Recorde-se que em Setembro se tinha atingido o valor mínimo dos dois anos anteriores.

Para a evolução favorável de Fevereiro ( -40 pontos, contra -41,2 em Janeiro) contribuíram positivamente todas as componentes do indicador, mas com particular intensidade as perspectivas de evolução da situação económica do país. As opiniões sobre a situação financeira do agregado familiar e económica do país recuperaram pelo quarto mês consecutivo, mas sem compensarem ainda a deterioração anterior. Por outro lado, as opiniões sobre o grau de poupança do agregado familiar recuperaram ligeiramente nos dois últimos meses, após o mínimo de Dezembro.

O indicador de clima – sectores da indústria transformadora, construção, comércio e serviços - também melhorou, passando de -0,6 em Janeiro para -0,3. No que diz respeito aos indicadores de confiança sectoriais, na indústria transformadora esses níveis aumentaram, interrompendo o movimento negativo dos dois meses anteriores. A evolução no mês em análise foi determinada pela forte recuperação ocorrida na produção prevista, que mais do que compensou a degradação das opiniões sobre os stocks de produtos acabados.

Ainda relativamente à indústria transformadora, as opiniões sobre a produção actual prolongaram em Fevereiro o movimento desfavorável dos últimos dois meses, situando-se agora em níveis que já não se verificavam desde Junho de 2005. Contudo, ao contrário do mês anterior, o movimento descendente de Fevereiro foi menos generalizado, tendo-se cingido à fabricação automóvel e aos bens intermédios.

A degradação no mês em análise foi inclusive contrariada pelas recuperações verificadas nos bens de consumo e nos outros bens de equipamento. Relativamente às expectativas sobre o emprego para os próximos três meses, a informação de Fevereiro apresentou uma melhoria. No que diz respeito às perspectivas sobre a evolução dos preços de venda nos próximos três meses, os dados de Fevereiro apresentaram um ligeiro movimento descendente, contrariando, ainda que muito parcialmente, o movimento registado no mês anterior.

Nos serviços, o indicador de confiança também melhorou em Fevereiro, retomando a tendência ascendente iniciada em Agosto de 2005, mas situando-se abaixo da média da série. A melhoria deste indicador no mês de referência resultou do forte contributo positivo das perspectivas de procura. Esta variável apresentou uma significativa recuperação nos últimos três meses, atingindo um valor máximo desde Maio de 2004. Por sua vez, as opiniões sobre a actividade corrente agravaram-se pelo quarto mês consecutivo, quase compensando totalmente a melhoria observada nos três meses anteriores. As apreciações sobre a carteira de encomendas pioraram nos dois primeiros meses do ano, contrariando a tendência ascendente anterior.

Na construção e obras públicas, o indicador de confiança de Fevereiro apresentou um desagravamento, interrompendo a tendência adversa dos últimos seis meses – no último dos quais atingiu o valor mais baixo desde Fevereiro de 2004. A evolução do mês em análise deveu-se à recuperação verificada nas perspectivas de emprego, uma vez que as opiniões dos empresários sobre a carteira de encomendas sofreram um agravamento. As apreciações sobre a actividade do sector deterioraram-se, atingindo um valor mínimo desde Maio de 2004. Apenas a construção de edifícios não residenciais contrariou este movimento.

Por último, o aumento de confiança no comércio – o quinto consecutivo – foi comum a ambos os subsectores, tendo sido novamente mais intensa no comércio a retalho. No comércio por grosso registou-se o valor mais favorável desde Novembro de 2004. Todas as componentes do indicador, avaliações sobre as existências, apreciações sobre a actividade corrente e perspectivas sobre a actividade futura, recuperaram em ambos os subsectores. As perspectivas dos empresários sobre a actividade nos próximos três meses também recuperaram, atingindo o valor mais favorável desde Junho de 2005.

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