Notícia
Confiança dos consumidores portugueses com "redução abrupta" em março devido à guerra
O INE indica que, no contexto da guerra na Ucrânia, o indicador de confiança dos consumidores portugueses recuou acentuadamente em março, interrompendo os aumentos dos meses anteriores. Já o indicador de clima económico diminuiu moderadamente.
O indicador de confiança dos consumidores portugueses recuou acentuadamente em março, interrompendo os aumentos dos meses anteriores. Os dados foram revelados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que indica que estes resultados foram obtidos "no contexto da guerra contra a Ucrânia".
Este indicador passou de -14,5 em fevereiro para -34,1 em março.
"A evolução observada em março resultou sobretudo do contributo marcadamente negativo das expectativas relativas à evolução futura da situação económica do país e da situação financeira do agregado familiar, tendo as perspetivas sobre evolução futura da realização de compras importantes e as opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar também contribuído negativamente para a evolução do indicador", explica o INE.
O instituto nota também que esta foi a segunda maior redução da série face ao mês anterior, sendo apenas superada pelo tombo registado em abril de 2020, no início da pandemia de covid-19.
O saldo das perspetivas dos consumidores relativamente à evolução futura do agregado familiar deu em março o segundo maior tombo da série, mas está ainda distante do recuo observado no início da pandemia.
Já o saldo das opiniões passadas sobre a evolução dos preços continua a aumentar - trajetória de subida que já vem de março de 2021. Neste caso, o INE nota que foram atingidos valores que não eram vistos desde julho de 2008, ano de crise financeira. Já as perspetivas sobre a evolução futura de preços registaram em março o maior aumento da série, que foi iniciada em setembro de 1997.
Clima económico diminui de forma moderada
O inquérito de conjuntura divulgado esta manhã pelo INE apresenta também a evolução do indicador de clima económico. Em março, foi registada uma diminuição moderada deste indicador, que atingiu no mês anterior um nível idêntico àquele que foi observado em fevereiro de 2020, no pré-pandemia.
Os indicadores de confiança diminuíram em março na Indústria Transformadora e na Construção e Obras Públicas e aumentaram no Comércio e nos Serviços, explica este destaque do INE. Em todos estes setores de atividade, os saldos das expectativas dos empresários sobre a evolução futura dos preços de venda aumentaram de forma significativa em março, registando os máximos das respetivas séries, com destaque para a Indústria Transformadora em que se observou o aumento de maior magnitude.
(notícia atualizada às 10:10)
Este indicador passou de -14,5 em fevereiro para -34,1 em março.
O instituto nota também que esta foi a segunda maior redução da série face ao mês anterior, sendo apenas superada pelo tombo registado em abril de 2020, no início da pandemia de covid-19.
O saldo das perspetivas dos consumidores relativamente à evolução futura do agregado familiar deu em março o segundo maior tombo da série, mas está ainda distante do recuo observado no início da pandemia.
Já o saldo das opiniões passadas sobre a evolução dos preços continua a aumentar - trajetória de subida que já vem de março de 2021. Neste caso, o INE nota que foram atingidos valores que não eram vistos desde julho de 2008, ano de crise financeira. Já as perspetivas sobre a evolução futura de preços registaram em março o maior aumento da série, que foi iniciada em setembro de 1997.
Clima económico diminui de forma moderada
O inquérito de conjuntura divulgado esta manhã pelo INE apresenta também a evolução do indicador de clima económico. Em março, foi registada uma diminuição moderada deste indicador, que atingiu no mês anterior um nível idêntico àquele que foi observado em fevereiro de 2020, no pré-pandemia.
Os indicadores de confiança diminuíram em março na Indústria Transformadora e na Construção e Obras Públicas e aumentaram no Comércio e nos Serviços, explica este destaque do INE. Em todos estes setores de atividade, os saldos das expectativas dos empresários sobre a evolução futura dos preços de venda aumentaram de forma significativa em março, registando os máximos das respetivas séries, com destaque para a Indústria Transformadora em que se observou o aumento de maior magnitude.
(notícia atualizada às 10:10)