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Confiança dos consumidores e clima económico voltam a subir
Em julho, o indicador de confiança dos consumidores voltou a aumentar, revela esta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística. O mesmo aconteceu com o indicador de clima económico, que tinha caído nos meses de maio e junho. As expetativas sobre a evolução da situação económica do país contribuíram.
Os portugueses estão mais confiantes, seja enquanto conumidores, seja enquanto empresários. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), o indicador de confiança dos consumidores, que tinha diminuído em junho, voltou a aumentar este mês.
Também o indicador de clima económico revela sinais de melhoria, depois de ter registado quebras nos meses de maio e de junho. Continua ainda, contudo, abaixo do observado em fevereiro, mês em que atingiu um máximo desde março de 2019. Refira-se que se verificou um aumento significativo na construção e obras públicas, mas menos na indústria transformadora, comério e serviços, onde os indicadores até diminuiram, ainda que de forma moderada, assinala o INE.
Já os saldos das expectativas dos empresários sobre a evolução futura dos preços de venda diminuíram em todos os setores, após terem registado máximos em junho na Construção e Obras Públicas, em abril na Indústria Transformadora e nos Serviços e em março no Comércio.
Quanto ao saldo das opiniões dos consumidores sobre a evolução passada dos preços aumentou nos últimos dez meses, "prolongando a trajetória acentuadamente ascendente iniciada em março de 2021 e atingindo o valor máximo da série", refere o INE.
No que toca aos consumidores, o INE assinala o "contributo positivo das expectativas relativas à evolução futura da realização de compras importantes por parte das famílias", sendo que as perspetivas sobre a situação económica do país também contribuíram pela positiva.
Pelo contrário, as opiniões e as expectativas relativas à situação financeira do agregado familiar registaram contributos negativos. Mas os portugueses estão mais confiantes quanto à evolução futura da situação económica do país, um indicador que tinha diminuido em junho, mas que voltou a aumentar em julho.
No que toca à evolução da situação do agregado familiar, aí o otimismo é menor e o saldo diminuiu nos últimos dois meses, depois de ter crescido em abril e maio.
Ao nível empresarial, e por setores, verifica-se que uma diminuição do indicador de confiança da indústria transformadora. Já na construção e obras públicas aumentou significativamente, interrompendo o movimento descendente que se verificava desde fevereiro, refletindo o contributo positivo das apreciações sobre a carteira de encomendas e perspetivas de emprego, mais intenso no último caso, sublinha o INE.
No comércio verificou-se também uma queda, sobretudo por causa da perspetiva do volume de vendas, que tinha subido em junho, e o mesmo aconteceu nos serviços, com contributos negativos de todas as componentes, opiniões sobre a evolução da carteira de encomendas, apreciações sobre a atividade da empresa e perspetivas relativas à evolução da procura, sendo que isso aconteceu de forma expressiva nos dois primeiros casos, segundo o organismo de estatísticas.