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Comunidades autónomas são o maior risco para o défice espanhol

Regiões autónomas são "o maior factor de risco", situação que se agrava "num cenário macroeconómico adverso de recessão económica", salienta estudo.

21 de Agosto de 2012 às 11:18
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As regiões autónomas são hoje a "principal ameaça" que este ano pode impedir o Estado espanhol de cumprir o objectivo de défice, segundo um estudo da Fundação de Estudos de Economia Aplicada (FEDESA).

O estudo, preparado pelos economistas José Ignacio Conde-Ruiz e Juan José Rubio Ramírez, considera que as regiões autónomas são "o maior factor de risco", situação que se agrava "num cenário macroeconómico adverso de recessão económica".

Segundo a análise dos economistas, mesmo que as comunidades autónomas consigam implementar todas as medidas anunciadas nos seus Planos Económicos e Financeiros (PEF), o défice estimado será de 2,2% do Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, haverá um desvio de 0,7 pontos face ao limite previsto.

Caso as comunidades não cumpram as expectativas e se a situação económica se mantiver, o défice pode ascender a 4% do PIB ou 2,5 pontos percentuais acima do limite. Essa situação, para os autores do estudo, colocaria em risco o cumprimento do défice para o conjunto do Estado em 2012. Por isso, considera o estudo, os PEF aprovados não são suficientes para garantir o cumprimento do défice.

Culpando as comunidades pelo desvio de 2011, os autores recordam que, apesar de o objetivo de redução de gastos em pessoal para este ano ser de 3.636 milhões de euros, apenas se pouparam 136 milhões de euros no primeiro trimestre. Ao mesmo tempo, recordam, as medidas aprovadas são de aplicação única, pelo que terão "efeitos limitados" sobre o défice estrutural.
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