A Comissão de Acompanhamento da Gripe Aviaria, entidade criada a 14 de Outubro pelo Ministério da Agricultura, conclui hoje que «no actual quadro epidemiológico» não existe «qualquer risco sanitário associado à gripe aviaria, humano ou animal», defendendo que em Portugal «não há motivo de alarme» no âmbito da saúde pública.

Em conferência de imprensa hoje realizada, após a reunião realizada durante a manhã no Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, a Comissão de Acompanhamento (CA) salvaguardou que, «embora não seja objecto desta Comissão», no âmbito da saúde pública «não há motivo para alarme ou mesmo preocupação».

As análises laboratoriais já realizadas provaram que as aves marinhas mortas, recentemente noticiadas, encontradas em Peniche, Setúbal e Sesimbra, não estavam infectadas com a gripe aviaria, já que todos os testes resultaram negativos.

Da mesma forma, foram igualmente negativos os testes laboratoriais realizados a cadáveres de pombos e rolas encontrados. Sobre esta matéria, Agrela Pinheiro, director-geral de veterinária que preside à CA salientou que os pombos «não fazem parte das espécies consideradas de risco».

Hoje foi conhecida a lista das aves identificadas por Bruxelas como detendo «alguma probabilidade» de transporte da gripe aviaria, a saber: Ganso da Gronelândia, Ganso Campestre, Pato Real, Frisada, Arrabio, Pato Tombeteiro; Piadeira, Marrequinha, Marreco, Zarro Comum, Negrinha, Abibe, Combatente, Guincho Comum e Alcatraz.

Já as galinhas recolhidas em Santa Maria da Feira, cujo proprietário deu entrada no hospital local, estão agora a ser encaminhadas para o Laboratório Nacional de Investigação Veterinária. O proprietário está internado, já tendo sido afastada a hipótese de gripe aviária, e o local de criação está sob sequestro.