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Clientes acusam BPP de "roubo" e pedem negociação a Sócrates

A associação Privado Clientes enviou hoje uma carta ao primeiro-ministro, José Sócrates, pedindo que o Governo "abra uma via de negociação" e alertando para um alegado "roubo" praticado pela administração do banco.

22 de Junho de 2009 às 20:35
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A associação Privado Clientes enviou hoje uma carta ao primeiro-ministro, José Sócrates, pedindo que o Governo "abra uma via de negociação" e alertando para um alegado "roubo" praticado pela administração do banco.

"Nos nossos extractos de Maio, surgiu mais uma surpresa. O BPP está a passar para as carteiras dos clientes cerca de 200 milhões de euros de dívidas que contraiu", disse o porta-voz da associação, Jaime Antunes, à entrada para uma reunião de clientes do banco, na Exponor, em Matosinhos.

"Considero isto inadmissível, inaceitável. É um verdadeiro roubo", frisou Jaime Antunes, revelando que a Privado Clientes enviou hoje a José Sócrates uma carta em que denuncia esta situação e pede uma reunião.

Na carta, a associação acusa o Governo de ter "abandonado" os clientes de retorno absoluto do BPP, e critica o Banco de Portugal por ter congelado as suas poupanças.

"Não bastou o Governo abandonar os clientes à sua sorte. Não basta o BPP estar a funcionar sob administração do Estado há sete meses gastando o dinheiro dos clientes. Agora o BPP, administrado pelo Estado, prepara-se para praticar um acto de roubo aos clientes ao colocar nas carteiras, extractos de Maio, centenas de milhões de dívida", salienta a associação.

Para a Privado Clientes, "se a supervisão do Estado tivesse funcionado, os 1.200 milhões de euros dos clientes de retorno absoluto teriam sido devidamente contabilizados e evidenciados no balanço do BPP".

Os 512 clientes de retorno absoluto do BPP inscritos na associação consideram que "foram discriminados pelo Governo relativamente aos clientes do BPN", banco onde os produtos de retorno absoluto "foram convertidos em depósitos".

"Até ao momento, o Governo sempre recusou dialogar com os clientes de retorno absoluto do BPP", lamenta a associação, sublinhando que o ministro das Finanças "só recebeu um pequeno grupo de clientes que ocupou a sede do BPP em Lisboa mas nunca dialogou com as associações representativas dos clientes".

"Se o Governo persistir em não actuar no sentido de acautelar os legítimos direitos dos clientes de retorno absoluto do BPP, então a Privado Clientes terá de fazer uma campanha de comunicação para explicar aos portugueses a discriminação de que somos vítimas", adverte a associação.

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