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China isenta parte dos produtos americanos de tarifas
A China decidiu reduzir o número de produtos norte-americanos que estão a ser alvo de tarifas decorrentes do conflito comercial. Os itens agrícolas não escapam, contudo, à lista de Pequim.
O Governo chinês anunciou que vai isentar de tarifas um conjunto de importações norte-americanas, as quais tinham associada uma taxa de 25%, desde há um ano, como consequência da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.
O anúncio, feito esta quarta-feira pelo Ministério chinês das Finanças, através da respetiva página na internet, afirmava que as isenções vão cobrir 16 categorias de produtos, desde peixe a pesticidas. Produtos farmacêuticos e óleos lubrificantes são outros dois dos exemplos de produtos que veem agora um alívio nas tarifas impostas pela China.
A medida entra em vigor o próximo dia 17 de setembro e deverá manter-se até 16 de setembro de 2020. De fora ficam os itens agrícolas, sendo esta uma das categorias que mais causa pressão do lado dos Estados Unidos.
As candidaturas à isenção de tarifas estavam a ser aceites por Pequim desde maio, mas este é o primeiro anúncio a nomear categorias de produto que vão sentir este benefício. Do lado norte-americano, já foram anunciadas, em seis rondas, a exclusão de 34 mil milhões de dólares em produtos chineses da lista "negra" das tarifas.
Nas próximas semanas, representantes do lado chinês viajarão até Washington para continuar as negociações comerciais. Isto depois de, no primeiro dia de setembro, ambas as partes terem aumentado as tarifas, e numa altura em que se encontra "pendente" uma nova ronda a ser aplicada pelos Estados Unidos, no próximo dia 1 de outubro. Outro aumento simultâneo pode ainda acontecer a 15 de dezembro, caso não existam avanços nas negociações.