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"Cheque" de 240 euros começa a ser pago esta sexta-feira a quem deu IBAN

A partir desta sexta-feira, também, começarão a ser remetidos apoios que ainda chegam por vale postal. Governo volta a garantir devolução total da "margem" dada pela inflação e justifica prioridade para famílias mais pobres.

A forma de poupança mais popular em Portugal são os depósitos.
Benoit Tessier/Reuters
22 de Dezembro de 2022 às 23:30
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A Segurança Social vai transferir a partir desta sexta-feira o novo apoio de resposta à inflação, de 240 euros, destinado às famílias mais pobres, quando estas tenham inscrito o número de identificação da conta bancária no site da Segurança Social Direta. Para as restantes, o valor de apoio extraordinário começará a chegar a partir dessa data por vale postal.

 

O novo apoio será destinado a mais de um milhão de famílias (1.037 mil) beneficiárias da tarifa social de energia ou que recebam prestações mínimas da Segurança Social, e que enfrentam um "esforço adicional" perante a escalada de preços por terem menores rendimentos e mais concentrados nos bens cujos preços mais subiram (alimentação e energia).

 

Estão em causa famílias abrangidas pela tarifa social mínima, por receberem prestações destinadas a quem tem rendimentos baixos ou terem rendimentos anuais que não vão além de 5.800 euros. E ainda outras que, não tendo acesso a tarifa social (por não terem contador, por exemplo), recebem prestações mínimas como complemento solidário para idosos, prestação social para a inclusão, rendimento social de inserção ou subsídio social de desemprego.

 

Para caracterizar as famílias beneficiárias, na altura do anúncio do apoio, a ministra Ana Mendes Godinho exemplificou que cerca de metade serão mulheres com filhos, com os beneficiários de abono de família a representarem 49% do total daqueles que vão obter apoio por estarem a receber prestações sociais mínimas.

 

"Penso que nesta fase todos percebemos que são estas famílias mais vulneráveis que têm a nossa prioridade total", afirmou Ana Mendes Godinho, em resposta às questões dos jornalistas sobre eventuais planos para um apoio mais abrangente, que abarque também a classe média.

 

Estas famílias abrangidas receberam nos meses de abril e julho, por duas vezes, valores de 60 euros destinados ao acompanhamento da subida de preços verificada no primeiro semestre. O novo valor, de 240 euros, destina-se agora a compensar a subida de preços sentida ao longo do segundo semestre no cabaz alimentar de uma família-tipo de três pessoas de entre aquelas que compõem o universo de beneficiários determinado, sendo por isso "crítico" que o pagamento ocorresse ainda em dezembro, segundo a ministra.

 

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