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Chega diz que eventual chumbo do OE2022 não é "responsabilidade" da direita

"Responsabilidade política de uma qualquer crise que venha a existir não é da direita", refere deputado único do Chega. André Ventura considera que esquerda deve entender-se, mas teme "consequências nefastas" desse entendimento.

António Cotrim/Lusa
15 de Outubro de 2021 às 17:22
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O Chega defendeu esta sexta-feira que não devem ser apontadas responsabilidades à direita em caso de chumbo do Orçamento do Estado para o próximo ano (OE2022). O presidente e deputado único do Chega, André Ventura, considera que a esquerda deve entender-se, mas teme "consequências nefastas" desse entendimento.

"O Chega votará contra este Orçamento do Estado mas a responsabilidade política de uma qualquer crise que venha a existir não é da direita, porque a direita não teve nenhum papel nesta governação. O BE e PCP têm de se entender com o Governo para continuar a apoiar esta solução governativa", referiu, após a reunião com o Presidente da República sobre o OE2022.

Se não houver um entendimento para viabilizar a proposta do Governo, André Ventura considera que é só ao BE e PCP "que deve ser imputada essa responsabilidade" pelo chumbo do OE2022.

Ainda assim, o líder do Chega acredita que as ameaças de chumbo dos bloquistas e dos comunistas são apenas "uma encenação", com o PCP a quer "afirmar a sua posição política" depois dos resultados das eleições autárquicas, e que "o Governo irá ceder o mais possível, como já fez ao PAN". 

André Ventura disse ainda que um entendimento à esquerda terá "consequências nefastas" para a economia, com o BE e PCP a procurarem ir mais longe nas suas reivindicações. 

"É neste imbróglio que estamos com um país que não compreende como é que, numa situação tão difícil do ponto de visto económico, estamos num pré-impasse e pré-crise política devido ao OE", concluiu.
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