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CGTP: Só 20% dos trabalhadores pediu subsídios em duodécimos
O Governo renova o regime de duodécimos no sector privado após a reunião com parceiros sociais.
O Governo vai renovar a lei que permite aos trabalhadores do sector privado receberem metade dos subsídios de férias e Natal por duodécimos, confirmou esta manhã o ministro Pedro Mota Soares após uma reunião com os parceiros sociais.
A CGTP foi o único parceiro social a rejeitar a proposta na reunião da concertação social, adiantando que só 20% dos trabalhadores do privado é que este ano aderiu ao regime.
Para Arménio Carlos, se o Governo efectivamente estivesse preocupado com os rendimentos das famílias, não avançaria com as medidas de austeridade que tem em curso. No privado, onde este ano o regime foi optativo, apenas 20% dos trabalhadores pediu para receber metade dos subsídios diluídos no salario mensal, afirmou, para sustentar que não faz sentido renovar a medida. No sector público e nas pensões, onde os duodécimos são obrigatórios, Arménio Carlos critica a "interferência do Governo na organização da vida familiar".
Já para a UGT, que no ano passado propôs a generalização deste sistema a todos os pensionistas e trabalhadores do privado, este é "um mal menor", explicou Lucinda Dâmaso, presidente daquela estrutura.
Do lado dos patrões, João Vieira Lopes da Confederação do Comércio e Serviços (CCP) diz que preferiria que o Governo adoptasse por medidas obrigatórias para evitar que as empresas tenham de se ocupar com dois regimes paralelos, consoante a vontade dos funcionários.
O Negócios já pediu por diversas vezes ao Ministério das Finanças números oficiais sobre a adesão dos trabalhadores do sector privado aos duodécimos, mas nunca obteve qualquer resposta.