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CDS propõe aumentar prazo de três anos para contratos a prazo
O CDS/PP propõe o aumento do limite máximo de três anos para os contratos de trabalho a prazo, tentando evitar que o trabalhador fique desempregado por a empresa decidir não arriscar integrá-lo nos quadros.
19 de Fevereiro de 2011 às 17:15
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Paulo Portas avançou hoje que esta é uma de três propostas do CDS/PP a analisar esta semana na Assembleia da República, um contributo para enfrentar a crise económica e o desemprego que "está a ter um aumento assustador".
"Em período de crescimento económico devemos incentivar que os contratos a termo passem a duradouros", mas, "quando estamos a entrar em recessão e as pequenas e médias empresas (PME) têm mais dificuldades, devemos permitir que as pessoas com um contrato a termo continuem mais tempo com uma oportunidade de trabalho", afirmou o líder do CDS/PP aos jornalistas no final de uma visita a um lar de idosos em S. Domingos de Rana, no concelho de Cascais.
Para Paulo Portas, "se o Estado for muito rígido e disser ao fim de três anos acabam, o que acontece é que ou vão para o desemprego ou começam os falsos recibos verdes, a começar pelo próprio Estado".
Quanto à segunda proposta, "nos casos em que as PME aumentem a sua capacidade exportadora, dando assim um contributo muito útil a um país muito endividado, ou as PME que contratem pessoal novo, deve haver um crédito fiscal. O Estado deve dar um sinal, não de redução generalizada de impostos, que não é possível neste momento, mas de política fiscal selectiva".
Paulo Portas defendeu ainda que "é preferível financiar uma oportunidade de emprego do que financiar a continuidade no desemprego". Por isso, "se uma PME contratar uma pessoa que está no desemprego e estiver com pouca margem, se o contrato for definitivo, para não se prestar a fraudes, o Estado deve dar-lhe um incentivo que é o remanescente daquilo que entregaria ao desempregado caso ele continuasse no desemprego".
O líder do CDS/PP visitou o lar Casa do Penedo, uma instituição que a associação de defesa do consumidor Deco colocou em primeiro lugar numa lista de instituições de apoio a idosos.
Para o político, "a questão social é determinante em Portugal pelas circunstâncias que o país” atravessa. "A verdadeira pobreza associada a problemas de solidão, de dependências, às vezes de demência", está na geração dos idosos.
"Os idosos não têm sindicatos, não fazem manifestações, e viram as suas pensões de 246 euros ou de 189 euros congeladas, ou seja, com a inflação vão perder poder de compra", acrescentou.
Quando questionado acerca da moção de censura ao Governo avançada pelo Bloco de Esquerda e cujo texto foi conhecido na sexta-feira, Paulo Portas limitou-se a dizer: "assunto encerrado".