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CDS-PP reconhece algumas mudanças positivas no Governo
O porta-voz do CDS-PP Nuno Magalhães considerou hoje "positivo" que José Sócrates tenha escolhido novas caras para os ministérios da Agricultura, Educação e Obras Públicas, mas assinalou a ausência de "trunfos" no novo executivo.
22 de Outubro de 2009 às 20:31
O porta-voz do CDS-PP Nuno Magalhães considerou hoje "positivo" que José Sócrates tenha escolhido novas caras para os ministérios da Agricultura, Educação e Obras Públicas, mas assinalou a ausência de "trunfos" no novo executivo.
"Parece-nos que a perda da maioria absoluta do PS já teve uma consequência, a nosso ver, positiva, que foi o facto de três ministros, como há muito tempo o CDS tem dito que já não deveriam ser ministros, deixaram de o ser, estou-me a referir ao ex-ministro da Agricultura, ao ex-ministro das Obras Públicas e à ex-ministra da Educação", afirmou.
Por outro lado, acrescentou, é também "preocupante" que "mais do que encontrar pessoas para um determinado ministério, tentou-se encontrar ministérios para determinados ex-ministros".
"Cremos que há algumas mudanças dentro do Governo para certos ministérios em que a preocupação principal não terá sido bem escolher a pessoa mais indicada, ou mais avalizada, ou mais competente, ou mais dentro do assunto, mas sim escolher ministérios para ex-ministros", referiu, admitindo que "esse não parece ser um bom sinal".
Por outro lado, continuou o porta-voz do CDS-PP, apesar de alguns dos novos ministros não serem conhecidos da opinião pública, são pessoas que estavam ligadas ao anterior Governo de José Sócrates, nomeadamente em cargos de chefia intermédia.
Contudo, ressalvou, "mais importante que saber o nome dos ministros é saber as política que esses ministros irão praticar ou não" e conhecer o programa do Governo e o Orçamento de Estado.
Questionado sobre o novo ministro da Agricultura, Nuno Magalhães escusou-se a "pessoalizar", manifestando apenas o desejo que seja "um bom ministro da Agricultura", ao contrário do que aconteceu com o seu antecessor no cargo.
"Mais importante do que conhecer este ou aquele ministro, o seu currículo e o seu passado é perceber a mudança ou não que poderá haver nas políticas", frisou, dando como exemplo a continuidade do ministro Rui Pereira na Administração Interna.
"O que interessa é se o novo ministro Rui Pereira terá a mesma política ou não do anterior ministro Rui Pereira", referiu, considerando que se a política for a mesma, isso será mau para o país e para a segurança dos cidadãos.
Pelo contrário, acrescentou, se mudar a política de segurança, nomeadamente reforçando os efectivos e mudando radicalmente as leis penais, poderá existir "uma mudança de política que será no sentido positivo".