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Cavaco Silva defende acolhimento de refugiados dentro das possibilidades do país

O Presidente da República defendeu que Portugal deve manifestar "a sua profunda solidariedade" para com os refugiados que chegam à Europa fugindo da guerra e, dentro das suas possibilidades, acolhe-los para que possam recomeçar uma vida nova.

Aníbal Cavaco Silva é o 33.º Mais Poderoso 2015
A poucos meses de deixar a Presidência da República, o espaço político de Aníbal Cavaco Silva vai diminuindo. O seu apoio explícito às
teses do Governo também têm sido cada vez menos digeridas pela oposição, a começar pelo PS. Sendo um apoio sólido de Passos Coelho,
tem pedido uma maioria estável que saia das próximas legislativas, mas se assim não acontecer a sua capacidade de decisão está muito reduzida. Porque os prazos são apertados e a aprovação do Orçamento do Estado vai ser fulcral.
07 de Setembro de 2015 às 20:28
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"Aos que buscam a Europa fugindo da guerra, Portugal deve manifestar a sua profunda solidariedade e, dentro das suas possibilidades, criar condições para o seu acolhimento, para que, com as suas famílias, possam recomeçar uma vida nova", afirmou esta segunda-feira o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, numa intervenção na cerimónia de entrega do Prémio Champalimaud de Visão, que decorreu na Fundação Champalimaud, em Lisboa.

 

Cavaco Silva deixou ainda um "veemente apelo" para que "a Europa, face à tragédia que se abate sobre milhares de pessoas, se destaque, uma vez mais, pela defesa dos valores e os princípios da dignidade humana". "Trata-se de um imperativo ético, que nos caracteriza como cidadãos da Europa e que devemos preservar em nome de um mundo melhor", sublinhou.

 

De acordo com os dados divulgados hoje pela Organização Internacional para as Migrações, perto de 365.000 migrantes e refugiados atravessaram o Mediterrâneo desde Janeiro e mais de 2.700 morreram. Mais de 245.000 chegaram à Grécia e mais de 116.000 à Itália.

 

Na semana passada, o Governo português decidiu criar um grupo de trabalho para estudar a estratégia para receber os refugiados em Portugal, coordenado pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

 

Além do SEF, integram este grupo representantes do Instituto da Segurança Social, Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP), Direcção-Geral de Saúde, Direcção-Geral da Educação e Alto Comissariado para as Migrações.

 

Portugal irá acolher cerca de 1.500 migrantes e será o grupo de trabalho para a Agenda Europeia para as Migrações que irá estudar esse acolhimento e o plano de acção.

 

O grupo de trabalho vai proceder "à aferição da capacidade instalada e à preparação de um plano de acção e resposta", em "matéria de reinstalação, relocalização e integração dos imigrantes, devendo apresentar um relatório das actividades desenvolvidas, suas conclusões, propostas e recomendações".

 

Portugal, através do SEF, já está a colaborar com peritos da Grécia, Bulgária e Itália em diversas acções e projectos, destacando a colaboração de um perito no Gabinete Europeu de Apoio em matéria de Asilo.

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