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Caso Snowden: Cameron soube antecipadamente da detenção de David Miranda

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, foi alertado para a iminente detenção de David Miranda, companheiro do jornalista Glenn Greenwald, que divulgou no "The Guardian" os dados recolhidos por Edward Snowden sobre uma rede de escutas à escala planetária dos Estados Unidos.

Reuters
20 de Agosto de 2013 às 22:08
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David Miranda foi detido no aeroporto londrino de Heathrow e foi interrogado durante nove horas. Os Estados Unidos também já admitiram que souberam antecipadamente da detenção, segundo o jornal "The Guardian".

 

"Fomos postos a par da maneira habitual. Não conduzimos investigações policiais", admitiu fonte do gabinete do primeiro-ministro David Cameron. A admissão de que o governo soube antecipadamente que a polícia se preparava para prender David Miranda marca uma inversão de estratégia do executivo britânico, que até agora tinha recusado comentar a detenção do companheiro do jornalista Glenn Greenwald, sublinhando que isso era apenas da competência da polícia.

 

O Home Office, equivalente ao Ministério da Administração Interna, explicou, também esta terça-feira e através do seu porta-voz, que David Miranda foi detido porque a polícia acreditava que estava em posse de "informação roubada altamente sensível que poderia ajudar o terrorismo".

 

Também esta terça-feira, o porta-voz da Casa Branca, John Earnest, confirmou que os EUA foram "avisados pelo Governo britânico". "Esta é uma decisão que foi tomada pelo governo britânico, sem o envolvimento nem qualquer pedido do governo dos EUA", afirmou o porta-voz da Casa Branca.

 

David Miranda, que esteve detido durante nove horas e ficou sem os equipamentos electrónicos que trazia consigo, já anunciou que vai contestar a detenção nos tribunais, para a qual não foi avançado um motivo.

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