Notícia
Campos e Cunha diz que o problema de Portugal é "político"
O ex-ministro das Finanças Campos e Cunha defendeu esta noite que o problema de Portugal é "político" e que é necessário alterar as regras dos partidos.
14 de Janeiro de 2011 às 07:55
"Os nossos problemas económicos, o nosso beco sem saída, são resultantes das regras políticas", avalia Luís Campos e Cunha, defendendo a alteração das regras do sistema político e do financiamento dos partidos, que vivem numa "situação de quartelização.
Nos "Diálogos com a Ciência", uma organização da Universidade do Porto, o ex-ministro das Finanças do governo de José Sócrates referiu a existência de "várias tentativas" falhadas para criar "regras de financiamento dos partidos".
"Outra forma de evitar a entrada no mercado da política é pagar mal. Se entrassem pessoas muito boas, eles [os políticos] estariam em causa", defendeu o também ex-vice-governador do Banco de Portugal, referindo que "quando se paga amendoins, obtém-se pessoas de má qualidade".
Para o economista, "o financiamento dos partidos deve ser exclusiva ou basicamente público", considerando que "sai caro, mas a alternativa são os lobbies, o compadrio, os favores".
"Prefiro pagar bem a um ministro, porque sai muito mais caro se pagar mal", afirmou Campos e Cunha, que defendeu que os gestores das empresas públicas deviam "passar por um escrutínio: não uma discussão política, mas uma discussão técnica".
No encontro para debater o estado da economia nacional, o ex-ministro defendeu que "o voto em branco [nas eleições] devia valer", porque "uma pessoa que vai de manhã para a fila, gosta da democracia e vai lá para dizer que não gosta de nenhum partido e haveria cadeiras vazias no Parlamento".
"Era uma maneira de introduzir concorrência neste mercado", disse, acrescentando que "o sigilo bancário para os partidos é ridículo".
Nos "Diálogos com a Ciência", Campos e Cunha rejeitou a ideia de que Portugal possa vir a sair do euro: "Nem o euro está em perigo nem Portugal precisa de sair do euro nem pode ser expulso."
Segundo Campos e Cunha, "se o euro desaparecesse, era uma bagunça gigantesca, a anarquia total, e se Portugal [deixasse a união monetária] era o colapso dos bancos e do sistema financeiro português".
Nos "Diálogos com a Ciência", uma organização da Universidade do Porto, o ex-ministro das Finanças do governo de José Sócrates referiu a existência de "várias tentativas" falhadas para criar "regras de financiamento dos partidos".
Para o economista, "o financiamento dos partidos deve ser exclusiva ou basicamente público", considerando que "sai caro, mas a alternativa são os lobbies, o compadrio, os favores".
"Prefiro pagar bem a um ministro, porque sai muito mais caro se pagar mal", afirmou Campos e Cunha, que defendeu que os gestores das empresas públicas deviam "passar por um escrutínio: não uma discussão política, mas uma discussão técnica".
No encontro para debater o estado da economia nacional, o ex-ministro defendeu que "o voto em branco [nas eleições] devia valer", porque "uma pessoa que vai de manhã para a fila, gosta da democracia e vai lá para dizer que não gosta de nenhum partido e haveria cadeiras vazias no Parlamento".
"Era uma maneira de introduzir concorrência neste mercado", disse, acrescentando que "o sigilo bancário para os partidos é ridículo".
Nos "Diálogos com a Ciência", Campos e Cunha rejeitou a ideia de que Portugal possa vir a sair do euro: "Nem o euro está em perigo nem Portugal precisa de sair do euro nem pode ser expulso."
Segundo Campos e Cunha, "se o euro desaparecesse, era uma bagunça gigantesca, a anarquia total, e se Portugal [deixasse a união monetária] era o colapso dos bancos e do sistema financeiro português".