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Câmara de Lisboa anuncia 200 quilómetros de ciclovia até 2021 e apoios para compra de bicicletas

O presidente da câmara apresentou esta quarta-feira o programa “Lisboa Ciclável, que inclui a construção de um conjunto de ciclovias e a atribuição de apoios para a compra de bicicletas. O objetivo é sair da crise com menos poluição e mais sustentabilidade, afirma Fernando Medina.

03 de Junho de 2020 às 18:03
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"No final da pandemia queremos uma cidade mais poluída ou uma cidade com mais qualidade de vida para todos?" A pergunta serviu de mote a Fernando Medina para apresentar o que dois novos programas para a estratégia da cidade no período pós-pandemia,  "A Rua é Sua" e "Lisboa Ciclável", que se juntam à já anunciada "Renda Segura".

 

O objetivo é ter mais pessoas na cidade, mas com menos poluição, já que Lisboa, não sendo globalmente muito poluída, "apresenta indicadores de várias substâncias poluentes acima do que devia apresentar", lembrou Medina.

 

Num cenário em que o medo faz reduzir a utilização de transportes públicos, levando as pessoas de novo para os transportes individuais, Medina quer "criar alternativas de mobilidade", porque, diz, "se assistirmos de braços cruzados à transferência do transporte coletivo para o individual será péssimo para todos".

"O programa Lisboa Ciclável passa pela criação de uma rede estruturante de ciclovias que cobre os grandes eixos de deslocação", para que as pessoas possam usar a bicicleta sem receios do automóvel. Será criada num sistema "pop up", muito rápido, podendo depois ser avaliada e sofrer adaptações, seja o desenho, seja criando novas vias, seja avançando para soluções mais definitivas", explicou.

Na prática, a ideia é ter 200 quilómetros de ciclovias por toda a cidade em 2021, de preferência logo no primeiro trimestre. A iniciativa está calendarizada em em três fases, a primeira já até julho deste ano. Medina pretende "chegar ao arranque do próximo ano letivo já com a rede bastante avançada. E, até julho, ter prontas ciclovias em artérias como a Alameda dos Oceanos com ligação a Loures. Dessa forma, diz, "fica construído o eixo que vai ligar Algés ao Parque das Nações, através da utilização de uma faixa de rodagem na avenida da Índia".

Depois, até setembro, estarão prontas as intervenções na avenida de Roma, Marechal Gomes da Costa ou avenida de Berna. "Começa a ganhar corpo o grande sistema de radiais que vão permitir ligar a zona ribeirinha à zona central da cidade", com uma ciclovia também na avenida Lusíada, explica o autarca.

"Vamos trabalhar para criarmos uma rede nas imediações de todas as escolas EB 23, secundárias ou universidades, para que quem usa as bicicletas o passa fazer em total segurança", acrescentou.

 

Três milhões em apoios para aquisição de bicicletas

Além da construção de ciclovias, a Câmara vai apoiar a compra de bicicletas até ao limite de 50% do valor de aquisição em várias modalidades, desde logo até 100 euros para bicicletas adquiridas por estudantes de escolas de Lisboa. Para os residentes em geral, o benefício será de 350 euros para bicicletas elétricas ou até 500 euros para bicicletas de carga, sempre no máximo de 50% do valor.

"Quem adquirir bicicletas a partir de hoje está elegível, por isso guardem as faturas", avisou Medina. Num primeiro momento o apoio será dado contra-reembolso, mas depois a câmara trabalhará diretamente com as lojas da cidade que farão o desconto no momento da compra.

 

Está também prevista a criação de lugares de estacionamento: mais de mil lugares nos parques da EMEL e nos interfaces de transporte público. Este conjunto de lugares deverá estar disponível entre setembro e o final do ano, prometeu Medina.

 

A Câmara pretende gastar três milhões de euros com os apoios para as compras de bicicletas, um valor que sobre para quatro milhões com o custo das medidas estacionamento fechado e parqueamento bicicletas.

A estimativa é que o estacionamento fechado para bicicletas nos parques subterrâneos da EMEL e concessionados pela autarquia some 1050 lugares. A estes somar-se-ão 1.700 lugares nos principais interfaces de Transporte Público e estão ainda previstos 5.000 lugares para estacionamento em todas as entidades de interesse público que o solicitem, como escolas, clubes desportivos e outras instituições.

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