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Cadeias especializadas e hipers concentram mais de 50% das vendas de vestuário

As cadeias de lojas especializadas e as grandes superfícies concentram já mais de 50% de quota do mercado de vendas de vestuário em Portugal, de acordo com o estudo realizado pela consultora espanhola DBK, que estima que a facturação tenha atingido 4,23 m

20 de Abril de 2007 às 18:09
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As cadeias de lojas especializadas e as grandes superfícies concentram já mais de 50% de quota do mercado de vendas de vestuário em Portugal, de acordo com o estudo realizado pela consultora espanhola DBK, que estima que a facturação tenha atingido 4,23 mil milhões de euros em 2006, mais 3,4% do que em 2005.

De acordo com o estudo da DBK, divulgado esta semana, o volume do sector retalhista de vestuário registou um aumento de 3,4% em 2006, para 4,23 mil milhões de euros, em Portugal.

A consultora especializada em estudos de mercado na Península Ibérica conclui que o "sector português de distribuição de vestuário atravessa uma fase de concentração" o que se reflectiu num aumento do peso das cadeias de lojas e de grandes superfícies. A DBK considera mesmo que "observa-se uma tendência de desaparecimento de comércios independentes, assim como de abertura de pontos de venda integrados em cadeias especializadas".  

Cadeias como as pertencentes ao grupo Inditex (Zara, Pull & Bear, Máximo Dutti, entre outras), El Corte Inglés, C&A e as várias insígnias geridas pelo grupo Regojo, assim a companhia de distribuição Modelo Continente (Modalfa e Zippy Kidstore),  detêm já mais de 50% do mercado de venda a retalho de vestuário.

Os cinco grupos mencionados detêm, sozinhos, 23% da quota de mercado, de acordo com os número encontrados pela DBK para 2006.

A consultora espanhola considera que o comércio independente "continua a perder quota de mercado, em favor das cadeias especializadas e dos grandes armazéns e hipermercados". As vendas do comércio retalhista independente diminuíram cerca de 4,3% em 2006, recuando a sua participação para 43% de quota do mercado de vestuário português, o que representa uma queda de seis pontos percentuais face a 2004, esclarece a DBK.

O que contrasta, acrescenta a mesma fonte, com as quotas sobre a facturação total das cadeias especializadas e das grandes superfícies, que "mostraram nos últimos exercícios uma tendência de crescimento, até situar-se em 2006 em cerca de 40% e 13%, respectivamente".

A análise caracteriza o sector como desagregado em 6.700 empresas, com um volume de emprego situado em torno de 31.700 trabalhadores, o que pressupõe uma força laboral média por empresa "inferior a cinco trabalhadores".  

Crescimento vai acelerar

Para o biénio 2007-2008 a DBK estima "uma ligeira aceleração no ritmo de crescimento das vendas", com taxas de variação anuais em torno de 4% a 5%.

O comércio independente, contudo, "continuará a reduzir a sua quota de mercado, num contexto de notável crescimento previsto das cadeias especializadas, hipermercados e grandes armazéns".

A "escassez de lugares nos centros das cidades e os novos hábitos de consumo", afirma o estudo da DBK, "proporcionaram o desenvolvimento de numerosos projectos de centros comerciais", que "continuarão a ganhar protagonismo na localização de novos estabelecimentos das cadeias especializadas".

A "forte concorrência", acrescenta a análise, "continuará a impulsionar as estratégias de diversificação dos operadores até novos segmentos de oferta", assim como o "lançamento de novas linhas de produto".

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