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Bundesbank diz crescimento da economia alemã «fraco» no segundo trimestre
O Bundesbank acredita que o crescimento da economia da Alemanha, a maior da Zona Euro, continuou a ser fraco no segundo trimestre deste ano, com o número de pessoas empregadas a não aumentar desde o início do ano, no seu relatório mensal de Junho.
«Os dados disponíveis indicam que o crescimento económico continuou muito fraco nos meses de Primavera», referiu o banco central alemão, referindo que «o número de empregados não aumentou desde Dezembro».
As afirmações do Bundesbank vieram consolidar receios de que o produto interno bruto (PIB) germânico poderá não ter aumentado no segundo trimestre deste ano, depois dos últimos dados oficiais apontarem para um abrandamento da economia da Alemanha.
O Ministro da Economia alemão, Werner Mueler, assumiu ontem que «poderá existir um crescimento zero no segundo trimestre», o que dificultaria cumprir a meta do Governo germânico em termos de crescimento do PIB em 2001, que se situa nos 2%.
Em Maio, o número de desempregados na Alemanha aumentou em 18 mil pessoas face ao mês anterior, números acima das estimativas dos analistas, com este indicador a registar o quinto aumento mensal consecutivo.
A confiança dos empresários alemães, que funciona como um indicador avançado para o crescimento económico, tem vindo a recuar nos últimos meses, com os analistas a aguardarem uma nova redução em Junho.
No dia 10 de Maio, o Banco Central Europeu (BCE) baixou a sua taxa directora, ou REFI, em 25 pontos base para os 4,5%, efectuando a primeira descida desde Abril de 1999, na tentativa de estimular o crescimento da economia europeia.
No entanto, o crescimento da inflação europeia nos últimos tempos poderá dificultar novas reduções do preço do dinheiro nos próximos tempos. Em Maio, a o índice de preços no consumidor (IPC) harmonizado da Zona Euro aumentou 0,6% face a Abril, elevando a inflação homóloga para 3,6%, acima da meta de 2% traçada pelo BCE.
A diminuição dos juros costuma impulsionar o investimento e o consumo, devido à descida dos custos inerentes à contracção de empréstimos, mas pode contribuir para o aumento da inflação, devido à subida da procura.