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Blanchard: "São precisas medidas fortes de politica económica"

"Apenas se os governos tomarem medidas decisivas na frente orçamental, no reequilíbrio financeiro e no reequilíbrio externo" é que o pior pode ser evitado, avisou hoje Olivier Blanchard, economista-chefe do FMI, na sessão de apresentação das perspectivas económicas mundiais.

20 de Setembro de 2011 às 14:34
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* - Jornalista em Washington
O economista reconheceu que o crescimento nas economias ocidentais abrandou mais que o esperado pela instituição, um desenvolvimento que explicou pelo facto de não estarem a ocorrer os reequilíbrios mundiais que foram antecipados, quer a nível interno em cada um dos blocos, quer entre os principais blocos. Acresce que a crise europeia está a criar uma incerteza crescente nos mercados que dificulta ainda mais a recuperação.

"Como frisou a directora-geral do FMI na semana passada, a crise entrou numa nova fase perigosa", acrescentou Olivier Blanchard, não excluindo que as economias desenvolvidas regressem a uma recessão. Para o evitar "são precisas medidas fortes de política económica".

O roteiro traçado pela equipa do FMI passa por medidas que reequilibrem internamente as economias, isto é, consolidações orçamentais que não ponham em causa o crescimento, mas que devolvam aos mercados confiança na sustentabilidade orçamental das economias orçamentais. "A consolidação orçamental tem que variar entre países. O essencial continua a ser ter planos credíveis de médio prazo", disse Olivier Blanchard.

Noutra frente, e porque a procura interna nas economias desenvolvidas continua deprimida, é essencial que as economias emergentes, em especial a China, compensem com mais procura interna nas suas economias, ajudem os EUA e a Europa a crescer.

Finalmente, e no que diz respeito à Europa, Blanchard frisa que os bancos precisam de mais amortecedores de capital.
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