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Biden quer reforçar economia apesar da explosão de casos de covid-19

O Presidente eleito dos EUA, Joe Biden, disse hoje que a sua administração vai reforçar a vulnerável economia do país apesar de um aumento exponencial do surto pandémico, durante um encontro com empresários prévio à sua tomada de posse.

EPA
16 de Novembro de 2020 às 20:28
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Biden, que assumirá a presidência dos EUA a 20 de janeiro, apesar de admitir que o país atravessa uma fase "negra", forneceu um quadro otimista para os próximos quatro anos durante um encontro virtual com empresários e representantes de trabalhadores, que antecedeu uma comunicação ao país sobre temas económicos prevista para esta noite no seu quartel-general temporário no estado do Delaware.

"Para referir o óbvio, parece que estamos a atravessar de momento uma curva muito negra", disse Biden aos presentes, com as suas caras projetadas nos ecrãs vídeo logo no início da sessão. "Não queremos ser falsamente otimistas", prosseguiu, vincando: "Mas penso que podemos fazer isso".

Biden, do Partido democrata, prometeu injetar biliões de dólares para revigorar a indústria norte-americana, alargar o sistema de saúde e combater as alterações climáticas, entre outras prioridades.

No entanto, a sua principal preocupação centra-se no controlo da pandemia de covid-19, que está a atingir novos recordes de infeções e a forçar os dirigentes locais e estaduais a aplicar novas restrições às atividades económicas.

O Presidente eleito - apesar das contínuas acusações do ainda líder da Casa Branca, Donald Trump, sobre alegadas fraudes eleitorais e o início de diversos processos judiciais - tentou até ao momento evitar esclarecer se apoia um confinamento a nível nacional para travar o aumento exponencial dos casos de coronavírus.

Desde a sua proclamada vitória sobre Trump que Biden tem optado nas suas declarações por encorajar os norte-americanos a usarem máscara e cumprirem o distanciamento social.

No entanto, diversos membros da sua equipa de conselheiros têm sido mais específicos. Um deles, o médico Michael Osterholm, sugeriu recentemente em confinamento entre quatro a seis semanas a nível nacional, com ajuda financeira para quem seja afetado. Mais tarde optou por renunciar a estas afirmações, e foi censurado por dois outros membros da equipa que rejeitaram a opção por um confinamento generalizado.

Informações recentes sugerem que pelo menos duas vacinas estão perto de serem aprovadas, apesar de a sua distribuição de poder prolongar por vários meses.

Apesar de Trump ter sugerido no domingo que poderia admitir a vitória de Biden nas presidenciais de 03 de novembro, a sua administração tem-se recusado a iniciar as tradicionais reuniões de transição para a equipa do Presidente designado, nas áreas da segurança nacional e de diversos assuntos políticos.

Trump também tem impedido a equipa de Biden de ser informada sobre os esforços para o controlo da pandemia e a futura distribuição de vacinas.

Antes do discurso, Biden e a vice-Presidente eleita Kamala Harris mantiveram encontros virtuais com Richard Trumka, presidente da central sindical AFL-CIO, e com a diretora executiva da General Motors, Mary Barra, e o presidente e diretor executivo da Microsoft, Satya Nadella, entre outros.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.319.561 mortos resultantes de mais de 54,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (246.224) e também com mais casos de infeção confirmados (mais de 11 milhões).
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