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Solar e infraestruturas podem brilhar com Biden

As empresas do solar e outras líderes na indústria das energias alternativas poderão estar entre as grandes beneficiárias de Biden na Casa Branca, devido à sua defesa de energia mais limpa. Os investidores também estão a apostar num renovado foco em Washington na aprovação de um pacote alargado de novos estímulos à economia, o que beneficia as empresas ligadas à construção e melhoria de infraestruturas.

EPA
14 de Novembro de 2020 às 18:00
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Apesar dos processos na justiça intentados por Donald Trump, Joe Biden garantiu a vitória no colégio eleitoral e será o 46.º presidente dos EUA – e Wall Street anda atarefada a tentar ver como pode beneficiar disso. Entre os setores que poderão ser mais beneficiados estão o solar e o das infraestruturas, sublinha a CNN Business.

  

As empresas do solar e outras líderes na indústria das energias alternativas poderão estar entre as grandes beneficiárias de Biden na Casa Branca, devido à sua defesa de energia mais limpa – tendo já prometido que o país regressará ao Acordo de Paris sobre o Clima, de onde saiu na semana passada, por decisão de Trump [que reverteu assim a opção de Barack Obama de incluir os EUA nesse esforço de redução das emissões de CO2 para combater as alterações climáticas]).

 

O ETF Invesco Solar, por exemplo, já disparou perto de 40% nos últimos três meses, em antecipação de uma Administração Biden.

 

Este ETF [os Exchange Traded Funds são fundos transacionados em bolsa, que replicam o desempenho de um determinado índice, commodity ou cabax de ativos] tem grandes posições em empresas como a SolarEdge Technologies, First Solar e Sunrun.

 

Os investidores também estão a apostar que finalmente haja um renovado foco em Washington na aprovação de um pacote alargado de novos estímulos à economia, o que beneficia as empresas ligadas à construção e melhoria de infraestruturas.

 

O ETF Global X U.S. Infrastructure Development disparou esta semana e está agora 15% acima dos últimos três meses. O fundo detém ações em empresas como a fabricante de materiais de construção Fastenal, a empresa de desenvolvimento de software Trimble, a companhia de gestão de energia elétrica Eaton e em empresas de relevo na ferrovia, como a CSX, Union Pacific, Norfolk Southern e Kansas City Southern.

 

Por cá, grupo EDP também beneficia

 

Em Portugal, o grupo EDP é apontado como o principal beneficiário com o desfecho das eleições nos Estados Unidos.

 

"Caso a eleição de Biden signifique mais crescimento económico para a Europa, a economia portuguesa também será beneficiada. As empresas exportadoras e de energias renováveis poderão ser as mais impactadas positivamente", começa por explicar Paulo Rosa.

 

Com Biden focado em apostar na sustentabilidade, "as empresas ligadas ao ESG, à economia verde, poderão ser beneficiadas. Os acordos climáticos, incluindo novamente os EUA, podem ser uma realidade", comentou Paulo Rosa, economista sénior do Banco Carregosa, ao Negócios.

 

"Os investidores, nas últimas semanas, têm-se posicionado em ações de empresas de energias renováveis, refletindo o compromisso dos democratas com iniciativas de energia mais verdes". No palco nacional, "a EDP Renováveis tem acompanhado essa tendência e registou máximos históricos, e as ações da EDP também valorizaram consideravelmente no último mês, em parte devido à dinâmica das eleições norte-americanas e antecipando uma vitória de Joe Biden", sublinhou o economista.

 

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