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BE: Diminuição do défice é diferença entre "fundo de pensões menos submarinos"

O deputado bloquista José Gusmão atribui hoje a alteração do défice para 2010, que o primeiro-ministro anunciou se deverá situar abaixo dos 7,3% previstos, decorre da "diferença entre receitas extraordinárias e despesas extraordinárias" ou seja "fundo de pensões menos submarinos".

11 de Janeiro de 2011 às 13:24
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"Como o ministro das Finanças reconheceu, esta alteração do défice para 2010 decorre essencialmente da diferença entre receitas extraordinárias e despesas extraordinárias. Fundo de pensões menos submarinos, foi isto que deu", afirmou José Gusmão aos jornalistas no Parlamento.

O primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou hoje que o défice orçamental de 2010 se deverá situar abaixo dos 7,3%, superando as expectativas do Governo, e garantiu que Portugal não precisa de ajuda financeira, continuando a ter condições para se financiar no mercado internacional.

"Aquilo de que o ministro das Finanças e o primeiro-ministro não falaram foi sobre os dados do crescimento e as estimativas para o desemprego, nomeadamente da Eurostat, que traçam um quadro negro para a economia portuguesa durante 2011", contrapôs José Gusmão.

O deputado do BE sublinhou que esses dados "têm incidência não apenas do ponto de vista social, num contexto em que as prestações sociais sofreram cortes num antes vistos, mas também do ponto de vista económico e do ponto de vista do equilíbrio das contas públicas".

"11% de desemprego é muita capacidade de trabalho e de qualificações que está a ser desperdiçada pelo país e a recessão, reflecte-se ao nível da diminuição da receita fiscal e do aumento das necessidades de despesa social", sustentou.

"Esta política não é apenas uma política desastrosa do ponto de vista económico e social, é um política que no médio e no longo prazo prejudica as possibilidades de crescimento da nossa economia e das contas públicas", concluiu.

O primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou hoje que o défice orçamental de 2010 se deverá situar abaixo dos 7,3% previstos, garantindo igualmente que Portugal não precisa de ajuda financeira.

"O Governo português, Portugal não vai pedir nenhuma ajuda financeira, nenhuma assistência financeira, pela simples razão que não é necessário", afirmou José Sócrates durante a conferência de imprensa em que, juntamente com o ministro das Finanças, anunciou parte do resultados da execução orçamental de 2010.

José Sócrates classificou as notícias dos últimos dias a este propósito como "rumores, expressões, declarações e especulações", que no seu entender, nada ajudam o país nesta altura.

Questionado sobre a operação privada de colocação de dívida, que o Governo não indicou a quem seria comprador nem mais pormenores, José Sócrates garantiu que Portugal irá continuar a financiar-se no mercado.

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