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BE diz que legislatura não chega para cumprir acordo e vê PCP como parceiro mais natural do que PS

Em entrevista à Antena 1, Catarina Martins defende que uma política de esquerda precisa do PCP, depois de António Costa ter lamentado recentemente que Bloco e PS não chegassem para fazer maioria.

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17 de Novembro de 2017 às 18:08
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A líder do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, defende que os dois anos que faltam para terminar a legislatura não chegam para cumprir os compromissos inscritos nas posições conjuntas e considera que não faz sentido uma política de esquerda sem o PCP.

Em entrevista à Antena 1, a líder bloquista afirma que os dois anos que faltam para o fim desta legislatura "não vão chegar para tudo" porque as medidas "que não estão associadas a uma calendarização clara como, por exemplo, a redução do número de alunos por turma ou fortalecer o Serviço Nacional de Saúde (SNS), que não têm uma data associada, estão mais complicadas".

Catarina Martins parece assim abrir espaço para um novo acordo, que permita terminar as medidas previstas na posição conjunta, ou deixa assim uma pressão para que o Governo cumpra nos restantes dois anos o que ficou acordado em Novembro de 2015.

Ao mesmo tempo a líder do Bloco de Esquerda sinaliza como entende que um acordo faz sentido. Depois de recentemente António Costa ter lamentado que Bloco e PS não cheguem para fazer maioria, Catarina Martins vem defender que o acordo só faz sentido a três.

"Não tem nenhum sentido achar-se que o PS é parceiro mais depressa do Bloco do que o PCP", disse na mesma entrevista, justificando esta posição com o objectivo de "se conseguir uma solução forte do ponto de vista social, do emprego do país, da capacidade produtiva do país e dos direitos laborais".

Na mesma entrevista, Catarina Martins lamentou a forma como o Governo reagiu publicamente à tragédia dos incêndios. Sobre as cativações da despesa – matéria em que o Bloco chegou a acordo com o PS para o Orçamento do Estado de 2018 -, a líder do Bloco afirma que "houve alguma dificuldade em o ministro das Finanças compreender o que seria um compromisso no Parlamento sobre despesa".

Catarina Martins disse ainda que a Cultura e a Ciência são áreas onde este Orçamento podia ser de direita e lamentou que o Governo ainda não tenha lançado o debate sobre a reestruturação da dívida pública, apesar das eleições alemãs já terem sido em Setembro.

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