O Banco Central Europeu decidiu hoje manter as taxas de juro nos 2%, resistindo às críticas de economistas, investidores e políticos que acreditam que a recuperação económica do continente europeu seria favorecida com um corte nas taxas.

Os responsáveis do Banco Central Europeu tinham adoptado uma postura que indicava que as taxas de juro não seriam alteradas e a reunião de hoje serviu para confirmar a intenção do organismo.

Depois de nos últimos cinco meses o euro ter valorizado 15% face ao dólar, muitos economistas e políticos – incluindo o chanceller alemão Gerhard Schroeder – criticaram o Banco Central Europeu por não cortar as taxas de juro.

Uma redução nas taxas de juro europeias permitiria travar o avanço do euro face ao dólar, o que de acordo com analistas consultados pela Bloomberg deveria ajudar as exportações da zona euro – que representam 12% da economia dos 12 países membros – e sustentar a recuperação económica no "velho" continente, que segundo os analistas ainda se apresenta "frágil".

Nos Estados Unidos as taxas de juro estão em 1% e a Reserva Federal norte-americana (Fed) já anunciou que não irá aumentar este valor no curto prazo, mostrando-se pouco preocupada com o enfraquecimento do dólar.

Para alguns analistas, a decisão do Banco Central Europeu em manter as taxas de juro prende-se com o facto de a instituição não ter como objectivo encorajar o crescimento mas sim manter a estabilidade dos preços na zona euro.