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BCE mantém preço do dinheiro nos 4,75%

O BCE manteve hoje a sua taxa de juro de referência, ou REFI, inalterada nos 4,75%, contrariando as expectativas dos analistas, continuando a aguardar por indícios de recuo das pressões inflacionistas antes de baixar o preço do dinheiro na Zona Euro.

11 de Abril de 2001 às 12:45
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O Banco Central Europeu (BCE) manteve hoje a sua taxa de juro de referência, ou REFI, inalterada nos 4,75%, contrariando as expectativas dos analistas, continuando a aguardar por indícios de recuo das pressões inflacionistas antes de baixar o preço do dinheiro na Zona Euro.

A decisão da autoridade monetária europeia foi contrária às expectativas da generalidade dos analistas, que apontavam para um corte de 25 pontos base, para os 4,50%, para tentar impulsionar o crescimento da economia europeia.

O BCE já não desce a sua taxa de referência desde 8 de Abril de 1999, tendo efectuado sete subidas entre Novembro de 1999 e Outubro do ano passado, na tentativa de conter as pressões inflacionistas da Zona Euro.

Ao longo das últimas semanas, vários responsáveis do BCE, entre os quais o Governador do Banco de França, Claude Trichet, afirmaram que a inflação já não era a principal preocupação da instituição, indiciando que o início de um movimento de descida das taxas poderia estar para breve.

No entanto, o presidente o Bundesbank e membro do Conselho dos Governadores do BCE, Ernst Welteke, afirmou ontem que o BCE deverá «continuar a manter baixas as pressões inflacionistas» e optar por «uma política firme», mantendo a posição exprimida pelo BCE após a sua última reunião, que apontava no sentido de «esperar para ver» relativamente à questão das taxas de juro.

Em Fevereiro, a inflação na zona da moeda única, medida pelo índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC), situava-se nos 2,6%, acima da meta traçada pelo BCE, que se situa nos 2%.

O índice de preços no consumidor (IPC) da Alemanha cresceu 0,1% em Março, face ao mês anterior, com a taxa de inflação anual a regredir para os 2,5%, depois de atingir os 2,6% no mês anterior.

O BCE é o único dos principais bancos centrais mundiais que ainda não baixou as taxas de juro desde o início deste ano, para tentar travar o abrandamento da economia.

Nos Estados Unidos (EUA), a Reserva Federal (FED) já cortou a sua principal taxa de juro num total de 150 pontos base para os actuais 5% desde o dia 3 de Janeiro, enquanto o Banco do Japão (BoJ) regressou recentemente à sua política de «nível zero» nas taxas.

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