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Barómetro Euro Plus Monitor: Economia de França é "demasiado medíocre" para um país com AAA

A economia francesa inspira grandes perocupações, uma vez que a sua saúde é "demasiado medíocre" para um Estado avaliado com triplo A pelas agências de notação financeira, a nota mais elevada, revela um barómetro europeu hoje divulgado.

15 de Novembro de 2011 às 08:52
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O barómetro Euro Plus Monitor, realizado pelo banco alemão Berenberg e pelo The Lisbon Council, um "think tank" europeu com sede em Bruxelas, lista os 17 países do euro em função do estado global da economia de cada país e da velocidade com que se estão a adaptar às dificuldades que a moeda única atravessa. O relatório vai ser divulgado hoje, na '2011 Euro Summit', que decorre em Bruxelas, na presença do presidente da União Europeia (UE), Herman Van Rompuy.

"Os alarmes deviam estar a tocar para a França. Entre os seis países da Zona Euro com rating de AAA, a França está de longe na posição mais baixa no que se refere ao estado global da sua economia. Os resultados são demasiado medíocres para um país que pretende salvaguardar a sua posição de liderança", lê-se no relatório.

A França surge como o quinto país com piores resultados no indicador geral, uma posição acima de Itália, mas um lugar abaixo de Espanha, e o terceiro pior no indicador de ajustamento, apenas melhor do que a Áustria e a Alemanha.

O relatório indica que os países que, como a Alemanha, são economicamente saudáveis, a falta de ajustamento não é um problema mas, no caso de França, que tem problemas económicos "significativos", isso é motivo de preocupação.

Na maioria dos critérios usados para qualificar os países da Zona Euro, a França aproxima-se mais de Espanha e de Itália do que de outros países do euro avaliados com AAA, como a Alemanha, a Áustira e a Holanda.

"A salvaguarda da posição de França na liderança das economias europeias vai exigir reformas significativas", reformas essas que, independentemente de quem vencer as eleições, serão "impopulares", reportam os autores do barómetro.

Em concreto, prosseguem, a "França precisa de controlar o consumo do governo, melhorar as perspectivas da educação, sobretudo para a sua população imigrante, e fazer melhor uso da sua força de trabalho qualificada". Para isso, é necessário simplificar a contratação de trabalhadores pelas empresas, "reduzindo a severidade da protecção ao emprego" que favorece os que já têm trabalho e penaliza os que procuram emprego.

O relatório foi conduzido por Holger Schmieding, economista-chefe do banco Berenberg. Schmieding passou também pelo Fundo Monetário Internacional, pelo Kiel Institute of World Economics e pelo Bank of America-Merryl Lynch.

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