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Bansky vai enviar estruturas de parque de diversões para acampamento de refugiados

O Dismaland, o parque temático do artista Bansky, encerrou este domingo, mas a intervenção continua. Bansky anunciou que as estruturas do parque vão ser enviadas para um campo de refugiados em Calais, para servirem de abrigo.

Reuters
29 de Setembro de 2015 às 22:36
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"Brevemente… Dismaland Calais. Todas as estruturas e instalações do Dismaland estão a ser enviadas para a 'selva' no centro de refugiados perto de Calais para a construção de abrigos. Não estarão disponíveis bilhetes online". Esta foi a forma que Bansky, o famoso artista de rua britânico, escolheu para marcar o encerramento do parque temático que durante cinco semanas monopolizou as atenções em Weston-super-Mare, no sudoeste de Inglaterra.

Imediatamente após o encerramento oficial da instalação de arte em forma de parque, o autor do projecto anunciou através do site oficial do parque que todas as figuras e construções vão ser enviadas para um campo de refugiados perto de Calais, no norte de França. E fê-lo ilustrando o anúncio com uma imagem de uma das principais instalações do parque, uma versão sombria e satírica do Castelo da Bela Adormecida, entre as tendas e barracas improvisadas no acampamento de refugiados. O processo de transferência dos materiais deverá demorar três semanas, escreve o Independent.

Numa instalação de arte numa escala ampliada, Bansky reuniu cerca de 50 artistas, entre os quais a portuguesa Wasted Rita, que satirizaram a sociedade egoísta e consumista. Um dos temas retratados foi justamente a questão da crise de refugiados e a forma como a Europa está a lidar com ela. Os visitantes do parque eram convidados a conduzir barcos a motor sobrelotados com refugiados, numa experiência que tem tanto de mórbida quanto de provocatória e sensibilizadora.


O campo de Calais, também conhecido como "a selva", congrega um acampamento improvisado onde os imigrantes e refugiados vivem, num limbo, enquanto tentam entrar no Reino Unido, muitos através de carros, comboios e transportes de mercadorias que atravessam o Eurotúnel. Estima-se que estejam neste cenário entre 3 a 5 mil pessoas - entre refugiados e imigrantes económicos, contam-se pessoas provenientes da Síria, Líbia e Eritreia, sublinha o New York Times.

 









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