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Bancos menos restritivos no crédito à habitação baixam «spreads»

Os bancos portugueses restringiram menos o crédito à habitação, mas apertaram as condições de acesso ao crédito ao consumo no primeiro trimestre. O aumento da pressão concorrencial esteve na origem «de uma menor restritividade nos critérios de aprovação d

06 de Maio de 2005 às 11:12
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Os bancos portugueses restringiram menos o crédito à habitação, mas apertaram as condições de acesso ao crédito ao consumo no primeiro trimestre. O aumento da pressão concorrencial esteve na origem «de uma menor restritividade nos critérios de aprovação de empréstimos», segundo um relatório divulgado hoje pelo Banco de Portugal.

O inquérito realizado em Abril aos cinco maiores grupos bancários nacionais, relata, «em termos médios, uma menor restritividade dos critérios de aprovação de empréstimos para aquisição de habitação, ao passo que nos critérios de aprovação de empréstimos para consumo e outros fins apenas um dos bancos inquiridos assinalou alterações nos critérios de concessão, no sentido de um ligeiro aperto», de acordo com os dados divulgados pelo Banco de Portugal.

A concessão de empréstimos de instituições de crédito a particulares aumentou cerca de 10% o ano passado, segundo o relatório da Primavera do Banco de Portugal divulgado a 3 de Maio. O endividamento das famílias em percentagem do rendimento disponível atingiu os 117%, em 2004, mais 7 pontos percentuais que no ano anterior.

O relatório de hoje realça que no período em análise houve, «em todos os segmentos de mercado» um «aumento da pressão concorrencial, em especial entre instituições bancárias», o que terá sido o principal factor de «uma menor restritividade nos critérios de aprovação de empréstimos». Contrariando esta tendência, houve, por parte das entidades financeiras «uma avaliação menos favorável dos riscos associados à actividade económica».

Segundo o relatório, houve «uma melhoria dos custos de financiamento e das restrições de balanço dos bancos» no segmento dos particulares para aquisição de habitação.

No segmento de empresas, registou-se um «maior restritividade», no que respeita ao «custo de capital e questões de liquidez dos bancos», mas por outro lado houve «uma percepção mais favorável dos riscos associados à actividade económica em geral», de acordo com a mesma fonte.

Maturidades crescem e «spreads» caem

A menor restritividade na aprovação de empréstimos no primeiro trimestre deste ano, esteve ligada em parte o «aumento das maturidades contratuais e a diminuição de comissões ou de outros encargos», segundo o Banco de Portugal.

«No primeiro trimestre de 2005, a procura de empréstimos e de linhas de crédito por parte das empresas terá aumentado ligeiramente por comparação com o último trimestre de 2004. Evolução semelhante ter-se-á verificado na procura de empréstimos por parte dos particulares para consumo e outros fins, ao passo que no segmento de empréstimos a particulares para aquisição de habitação, a procura terá permanecido globalmente sem alterações», de acordo com a mesma fonte.

Foram vários os bancos que lançaram novos produtos para crédito à habitação, alargando o prazo de pagamento da dívida para 40 anos e baixando os «spreads». Por exemplo, o Santander e o Barclays lançaram «spreads» abaixo de 0,5%.

Segundo o relatório do Banco de Portugal «as instituições inquiridas reportaram uma diminuição dos ‘spreads’ aplicados a empréstimos de risco médio quer no segmento das empresas quer no segmento dos particulares».

Bancos perspectivam aumento da procura no segundo trimestre

No inquérito realizado a cinco grupos bancários, todos os participantes «esperam um ligeiro aumento da procura de empréstimos em todos os segmentos considerados» no segundo trimestre, segundo o relatório.

«Não se antecipam alterações significativas nos critérios de concessão de empréstimos nem a empresas nem a particulares para consumo e outros fins. No que se refere aos critérios de aprovação de empréstimos a particulares para aquisição de habitação, somente uma instituição bancária reportou pretender aliviar ligeiramente os seus critérios», de acordo com as previsões das instituições para o segundo trimestre.

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