A taxa de crescimento do crédito bancário interno abrandou em Fevereiro para os 11,1%, face ao incremento homólogo de 12,7% registado em Janeiro, devido à menor contribuição das administrações públicas, revelou o Banco de Portugal.

Esta evolução «deveu-se à desaceleração do crédito bancário líquido às administrações públicas, cujo contributo para a taxa de variação do crédito total passou de 1,5 pontos percentuais para 0,4 pontos percentuais», adiantou o Banco de Portugal, nos Indicadores de Conjuntura de Março.

O abrandamento registado no segundo mês deste ano esteve também relacionado com a diminuição do ritmo de crescimento do crédito bancário ao sector privado não monetário, que se cifrou nos 10,9%, menos 0,5 pontos percentuais que em Janeiro.

O crédito ao sector privado não financeiro registou uma taxa de progressão de 11,6%, face aos 12,3% de Janeiro, enquanto no crescimento do crédito a sociedades não financeiras verificou-se uma diminuição de dois pontos percentuais, para os 10,7%.

Crédito a particulares acelera

A taxa de variação do crédito a particulares acelerou até aos 12,6%, um valor acima dos 11,9% registados no primeiro mês do ano. Os empréstimos para habitação e outras finalidades apresentaram taxas de crescimento de 17,6% e 5,9%, respectivamente.

A taxa de juro bancária para os depósitos a prazo manteve-se em Fevereiro nos 2,9%, acrescentou ainda o Banco de Portugal.