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Banco Mundial revê em alta crescimento global para 3,1% em 2018

O Banco Mundial (BM) reviu em alta as previsões de crescimento global para 3,1% em 2018.

Victorgrigas
09 de Janeiro de 2018 às 23:47
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A revisão em alta para o crescimento mundial em 2018, de 3,1% contra a estimativa de 2,8% calculada anteriormente, é impulsionada por uma atividade económica superior à prevista em 2017, que cresceu 3% contra 2,7% antecipado há seis meses, indica o relatório semestral "Perspectivas Económicas Globais" do Banco Mundial.

 

"O crescimento mundial é mais forte do que o que tínhamos previsto", declarou terça-feira à agência AFP Ayhan Kose, economista do Banco Mundial, que sublinhou que o aumento afectará todas as regiões do mundo, a começar pelos "três grandes": Estados Unidos, Zona Euro e Japão.      

 

Segundo as novas estimativas, em 2018 os Estados Unidos deverão acelerar o crescimento económico para 2,5%, contra os 2,2% estimados em Junho, e o Produto Interno Bruto (PIB) da Zona Euro deverá crescer 2,1% e o do Japão 1,3%.

 

Os dois grandes países emergentes Brasil e Rússia, que em 2017 retomaram o crescimento (1,7% e 1%) depois de dois anos de recessão, deverão continuar a recuperar com estimativas de aumentos do PIB de 1,7% e 2% em 2018, respectivamente.

 

A China deverá continuar a sua "desaceleração estrutural", mas a crescer mais de 6%, com um aumento estimado de 6,4% em 2018 e de 6,3% em 2019, adianta o documento.

 

Por outro lado, a América Latina vai acelerar o crescimento para 2% em 2018, depois de ter atingido 0,9% em 2017, graças ao impulso do Brasil, que se expandirá 2%, da Argentina, que crescerá 3%, e do México, que avançará 2,1%, todas estas economias com crescimentos acima dos verificados em 2017.

 

O relatório da principal instituição de desenvolvimento global sustentou que 2018 está a caminho de ser o primeiro ano desde a crise financeira no qual a economia global está a operar "em plena capacidade".

 

Assim, o BM sublinha que as autoridades devem olhar "mais além" da política monetária e fiscal e adoptar reformas que impulsem a produtividade, entre as quais recomendou as destinadas a melhorar a educação e a saúde de qualidade, e a rede de infra-estruturas nos países em desenvolvimento.

 

O crescimento mundial é sustentado pelo investimento, o sector industrial e as trocas comerciais enquanto os países exportadores de matérias-primas beneficiarão de uma estabilização dos preços destes produtos, explica o Banco Mundial. "A retoma do crescimento mundial é encorajadora, mas o tempo não é para a auto-satisfação", avisa contudo o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim.

 

O Banco Mundial considera que uma "mudança abrupta" das condições financeiras mundiais pode comprometer o crescimento e defende por outro lado que "a intensificação das restrições comerciais e o aumento das tensões geopolíticas poderia minar a confiança e a actividade" económica. 

 

Estes comentários visam implicitamente a política comercial da administração Trump face à China nomeadamente bem como as tensões exacerbadas entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte. 

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