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Banco Central da Rússia baixa taxa de juro para 7,5%

Em agosto a taxa de inflação foi de 14,3%, contra 15,1% em julho, de acordo com a instituição monetária russa.

12 Rússia
16 de Setembro de 2022 às 13:40
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O Banco Central da Rússia reduziu esta sexta-feira a taxa de juro em meio ponto para 7,5%, considerando que a subida da inflação abrandou e apesar de afirmar que o ambiente externo permanece difícil para o país devido às sanções ocidentais.

O conselho do banco central russo tomou esta decisão depois de notar que "as atuais taxas de crescimento dos preços no consumidor permanecem baixas, contribuindo para uma maior desaceleração da inflação anual".

Em agosto a taxa de inflação foi de 14,3%, contra 15,1% em julho, de acordo com a instituição monetária russa.

O Banco Central da Rússia (BCR) indica que a evolução da atividade empresarial foi melhor do que o Banco da Rússia esperava em julho, mas o ambiente externo para a economia russa continua a ser um desafio, o que invariavelmente impõe restrições significativas à atividade económica.

As expectativas de inflação das famílias e as expectativas de preços das empresas permanecem elevadas, acrescentou o regulador chefiado por Elvira Nabiulina.

De acordo com as previsões do Banco da Rússia, a inflação anual vai situar entre 11% e 13% em 2022 e, dada a orientação da política monetária, cairá para entre 5% e 7% em 2023, antes de voltar ao objetivo de 4 % em 2024.

Quanto à atividade económica, o BCR argumenta que as sanções ocidentais "restringem-na significativamente".

Ao mesmo tempo, o PIB do segundo trimestre (uma contração de 4,1%) e os indicadores de alta frequência apontam para uma dinâmica mais forte da atividade empresarial do que a esperada pelo Banco da Rússia em julho na sua última reunião, diz o conselho.

Ao mesmo tempo, as tendências entre setores e regiões continuam a ser claramente mistas, acrescenta.

Tanto os fatores da procura como da oferta estão a ter algum impacto negativo na atividade económica, sublinha.

O BCR diz que os inquéritos sugerem que uma proporção significativa de empresas ainda enfrenta dificuldades na produção e logística.

Contudo, salienta que o seu sentimento continua a melhorar à medida que os fornecedores de produtos acabados, matérias-primas e componentes se diversificam, tal como os mercados de venda.

"Um número crescente de empresas está a adaptar-se ao novo ambiente", diz Nabiulina.

No entanto, a atividade dos consumidores continua a ser fraca.

Isto deve-se, explica o BCR, à recente queda dos rendimentos reais dos agregados familiares, uma vez que estes mantêm a sua propensão para poupar.

Em particular, este último fator é explicado, além da incerteza económica geral, pela redução do fornecimento de vários tipos de bens e serviços, explica.

No entanto, as restrições do lado da oferta nos mercados de consumo diminuíram ligeiramente à medida que as importações de consumo estão a recuperar gradualmente e a substituição das importações está a ter lugar, acrescenta.

O Banco da Rússia também mantém que a situação no mercado de trabalho se mantém globalmente estável.

De acordo com os seus cálculos, a recessão na Rússia em 2022 estará mais próxima de 4% do que o limite menos favorável de 6% estimado pelo BCR em julho.
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