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Banco central da China reduz taxa de juros para dar novo impulso à economia

A medida deve permitir injetar 237 mil milhões de yuans (30,6 mil milhões de euros) na economia chinesa, de acordo com um comunicado do banco central.

DR
15 de Junho de 2023 às 07:49
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O banco central da China baixou esta quinta-feira a taxa de referência para empréstimos de médio prazo, uma medida antecipada pelos mercados e destinada a dar um novo impulso ao lento crescimento da segunda maior economia do mundo.

A taxa de juros para os empréstimos de um ano a instituições financeiras foi reduzida de 2,75% para 2,65, disse o Banco Popular da China.

A evolução desta taxa serve geralmente de referência para a taxa cobrada nos empréstimos dados por bancos a particulares, a empresas e no crédito à habitação. O ajustamento desta taxa é decidido no dia 20 de cada mês, sendo acompanhada de perto pelos mercados.

A medida deve possibilitar a redução dos custos de financiamento dos bancos comerciais e incentivar a concessão de mais crédito em condições mais favoráveis para apoiar a economia chinesa. A última redução desta taxa aconteceu em agosto de 2022.

A medida deve permitir injetar 237 mil milhões de yuans (30,6 mil milhões de euros) na economia chinesa, de acordo com um comunicado do banco central.

Para surpresa dos analistas, o banco central chinês já tinha reduzido, na terça-feira, a principal taxa de juros para empréstimos em dinheiro de curto prazo (sete dias) a bancos comerciais.

A esperada recuperação económica, na sequência do levantamento, no final de 2022, das restrições impostas devido à pandemia da covid-19, perdeu força nas últimas semanas.

A China tem apresentado indicadores económicos abaixo do esperado nos últimos dias. A inflação homóloga no país ficou perto de zero em maio, enquanto o índice de preços ao produtor, que mede os preços à saída das fábricas, teve a maior queda desde 2016, sinais de uma fraca procura e um ambiente complicado para os negócios.

As exportações do gigante asiático, historicamente uma alavanca de crescimento para o país, contraíram 7,5% em maio, em comparação com igual mês do ano anterior.

Para estimular o consumo e desencorajar a poupança, os principais bancos estatais da China reduziram as taxas de uma série de produtos de depósitos na semana passada.

O Governo chinês estabeleceu como meta um crescimento de cerca de 5% este ano, uma taxa que seria uma das mais fracas em décadas para o gigante asiático.
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