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Banca admite ganhos com subida dos juros

O Millennium bcp e o Banco Santander Totta acreditam que a subida dos juros se irá reflectir primeiro nas taxas que cobram no crédito que concedem, do que nas taxas que remuneram os depósitos que angariam, resultando assim um ganho de margem financeira.

02 de Dezembro de 2005 às 07:27
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O Millennium bcp e o Banco Santander Totta acreditam que a subida dos juros se irá reflectir primeiro nas taxas que cobram no crédito que concedem, do que nas taxas que remuneram os depósitos que angariam, resultando assim um ganho de margem financeira.

Fonte oficial do Millennium bcp sublinha que a instituição «está positivamente correlacionado com a taxa de juro. O ‘repricing’ do crédito é mais rápido e mais significativo do que o repricing no custo dos fundos».

Também Rui Constantino do Banco Santander Totta sublinha que «o impacto na banca costuma ocorrer ao nível da margem financeira, definida como a diferença entre as taxas aplicadas nas operações activas e passivas».

Assim, explica o mesmo responsável, «será de esperar, por esta via, um aumento ligeiro da margem financeira, embora a forte concorrência que se faz sentir no sector bancário possa gerar, no actual ciclo, uma maior rapidez na actualização das taxas passivas».

Por outro lado, «há a considerar ainda a alteração do portfolio de aplicações financeiras dos particulares, com um maior peso das aplicações em fundos de investimento, seguros de capitalização e obrigações estruturadas, o que reduz ligeiramente a importância que a margem financeira tinha enquanto principal fonte do produto bancário».

Empresas com sinais contrários

Ao nível das empresas, o efeito de uma eventual subida dos juros, varia.

Segundo a Novabase, «em termos imediatos, a empresa encontra-se numa situação confortável pois não tem dívida bancária líquida no seu balanço pelo que uma eventual subida da taxa de juro não vem agravar os encargos financeiros».

Já a Galp explica que a sua dívida «é actualmente de cerca de mil milhões de Euros. Desse total, cerca de 60% encontra-se protegida por ser a taxa fixa. Cerca de 40%, ou 400 milhões de Euros, são a taxa variável, pelo que o aumento das taxas de juro irá aumentar o custo desta parcela da dívida».

A TAP sublinha que «por cada 1% de variação da taxa de juro, a despesa sobe 1,5 milhões de Euros/ano».

A Portugal Telecom, explica que «preparou o Balanço para as consequências de um cenário de eventual subida de taxa de juro, devendo fixar imune à subida dos juros pelo BCE» e poderá ainda «retirar proveito da descida dos juros pelo Banco Central do Brasil».

Por último, a Jerónimo Martins, prevê que ocorra um «impacto reduzido», já que a «política activa de ‘hedging’», num esforço interno assumido aquando do início da reestruturação do grupo, terá um efeito de «protecção contra a subida» dos juros.

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