Notícia
Banca espanhola vai ter de melhorar a remuneração dos depósitos, diz BCE
Luis de Guindos recordou que os bancos têm "muita liquidez" e não precisam de a captar, mas que este cenário vai mudar a partir de janeiro de 2025.
16 de Setembro de 2024 às 14:08
O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, afirmou esta segunda-feira que a liquidez da banca espanhola está a reduzir-se "rapidamente" e os bancos vão ter de competir entre si, provavelmente melhorando a remuneração dos depósitos.
Luis de Guindos, que falava numa conferência em Madrid, explicou que a liquidez de que os bancos espanhóis gozaram até agora graças às injeções maciças de capital por parte do BCE, entre outras razões, está a reduzir-se "rapidamente" à medida que os programas, criados durante a pandemia, vão chegando ao fim.
Durante o discurso proferido numa conferência financeira organizada pela Accenture e pelo El Economista, Guindos recordou que os bancos têm "muita liquidez" e não precisam de a captar, mas que este cenário vai mudar a partir de janeiro de 2025.
Este cenário vai mudar a partir de janeiro de 2025, uma vez que o BCE deixará também de reinvestir juros, o que reduzirá o balanço da instituição em cerca de 40.000 milhões de euros por mês, o que terá impacto na liquidez do mercado, disse.
Guindos fez ainda um novo apelo para a criação de uniões bancárias transnacionais entre os países europeus como a melhor forma de competir na cena internacional.
Guindos afirmou que o BCE vai continuar a baixar as taxas de juro na zona euro, tal como aconteceu na reunião de quinta-feira passada, mas que não há um "caminho pré-determinado" ou um roteiro com datas específicas, manifestando-se convicto que a inflação na zona euro - que marca a política monetária decidida em Frankfurt - estará "claramente" nos 2% no final de 2025, ou seja, no nível em que deve estar, de acordo com o mandato do BCE.
Sobre as tarifas aplicadas aos automóveis chineses, alertou que "quando um Governo impõe uma tarifa, os produtores locais ficam muito contentes", mas o país afetado reage de imediato e pode deflagrar uma guerra comercial, algo "muito negativo para a economia mundial" e que pode gerar tensões inflacionistas.
Luis de Guindos, que falava numa conferência em Madrid, explicou que a liquidez de que os bancos espanhóis gozaram até agora graças às injeções maciças de capital por parte do BCE, entre outras razões, está a reduzir-se "rapidamente" à medida que os programas, criados durante a pandemia, vão chegando ao fim.
Este cenário vai mudar a partir de janeiro de 2025, uma vez que o BCE deixará também de reinvestir juros, o que reduzirá o balanço da instituição em cerca de 40.000 milhões de euros por mês, o que terá impacto na liquidez do mercado, disse.
Guindos fez ainda um novo apelo para a criação de uniões bancárias transnacionais entre os países europeus como a melhor forma de competir na cena internacional.
Guindos afirmou que o BCE vai continuar a baixar as taxas de juro na zona euro, tal como aconteceu na reunião de quinta-feira passada, mas que não há um "caminho pré-determinado" ou um roteiro com datas específicas, manifestando-se convicto que a inflação na zona euro - que marca a política monetária decidida em Frankfurt - estará "claramente" nos 2% no final de 2025, ou seja, no nível em que deve estar, de acordo com o mandato do BCE.
Sobre as tarifas aplicadas aos automóveis chineses, alertou que "quando um Governo impõe uma tarifa, os produtores locais ficam muito contentes", mas o país afetado reage de imediato e pode deflagrar uma guerra comercial, algo "muito negativo para a economia mundial" e que pode gerar tensões inflacionistas.