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Bairrão: "O ministro não me transmitiu nenhum veto do primeiro-ministro"

Bernardo Bairrão garante ninguém lhe transmitiu nenhum veto de Passos Coelho, e que na segunda reunião que teve com Miguel Macedo considerou que deixou de fazer sentido estar disponível. "Até porque o meu nome já tinha saído da lista". Em entrevista ao "Diário de Notícias", o responsável reiterou que "privatizar a RTP não resolve o problema" da estação de televisão.

10 de Julho de 2011 às 12:10
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A ausência de Bernardo Bairrão da lista de secretários de Estado do Governo de Passos Coelho gerou grande polémica, depois de Marcelo Rebelo de Sousa ter anunciado no seu comentário semanal e de o ex-administrador da Media Capital ter apresentado a sua demissão das funções que ocupava na dona da TVI.


“O ministro [Miguel Macedo] não me transmitiu nenhum veto do primeiro-ministro. Tivemos duas reuniões” e no segundo encontro, “por um conjunto de situações, considerei que deixava de haver condições, até porque o meu nome já tinha saído da lista” para se “manter disponível” para ocupar o lugar.


Marcelo Rebelo de Sousa “a única que fez foi dar uma notícia antes do tempo que provocou um conjunto de situações que conduziram ao desenlace”, afirmou o responsável.


“Ao fim de 15 anos a trabalhar numa empresa de televisão e de viver intensamente este mundo e sendo um praticante daquela característica dos portugueses que é estar sempre a dizer mal dos políticos que não fazem o que deviam... quando surge um convite destes a primeira tentação é dizer ‘para quê’? E depois pensasse: se calhar temos uma obrigação de prestar algum serviço à sociedade. E se acham que eu sou válido para fazer qualquer coisa de útil pelo País e se essa função é uma secretaria de Estado especifica , se calhar é a minha obrigação com todos os sacrifícios pessoais que possa vir a ter”, adiantou.




Quanto à privatização da estação de televisão estatal, Bernardo Bairrão considera que “privatizar a RTP não resolve o problema da RTP. O que é que se pretende com a privatização da RTP? Resolver um problema de custo do erário público de 400 milhões euros. O que é que são estes 400 milhões de euros? 100 milhões euros derivam da necessidade de dotar capitais uma empresa que tem capitais próprios negativos de mais de 500 milhões. Isso não se resolve com a privatização. É um problema de um buraco financeiro que existe e que vem do passado e que tem de ser resolvido.”

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