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Avião vai libertar compostos químicos na atmosfera para fazer chover

Um avião da Força Aérea vai hoje largar dois compostos químicos na atmosfera, sobre as regiões de Coimbra, Castelo Branco e Évora, para provocar a queda de chuva, no âmbito de um projecto da Universidade Lusófona, noticiou a Lusa.

23 de Fevereiro de 2005 às 11:26
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Um avião da Força Aérea vai hoje largar dois compostos químicos na atmosfera, sobre as regiões de Coimbra, Castelo Branco e Évora, para provocar a queda de chuva, no âmbito de um projecto da Universidade Lusófona, noticiou a Lusa.

Esta tentativa de provocar chuva, numa altura em que se vive uma situação de seca extrema em algumas regiões do país, resulta de uma colaboração entre a Força Aérea, que irá disponibilizar um avião Hércules C-130, e o Instituto de Estudos Ambientais e de Meteorologia da Universidade Lusófona, esclarece a Força Aérea em comunicado.

O projecto desenvolvido pelo Instituto visa libertar dois compostos químicos - Iodeto de Prata e Cloreto de Potássio - que, depois de depositados sobre as nuvens, irão funcionar como elementos aglutinadores da água em suspensão.

Com o aumento do peso devido à água, as partículas irão posteriormente cair sob a forma de chuva, provocando uma reacção em cadeia em toda a região do voo.

De acordo com a Força Aérea, o voo deverá acontecer cerca das 13:30, sobre diversas localidades, nomeadamente Coimbra, Castelo Branco e Évora e será coordenado pelos radares meteorológicos do Instituto de Meteorologia, que informarão sobre os locais e altitudes onde estarão as melhores nuvens para o efeito.

A Força Aérea garante que as substâncias libertadas não são prejudiciais nem à saúde nem aos solos.

Independentemente desta iniciativa, o Instituto de Meteorologia prevê para hoje aguaceiros fracos até ao início da manhã nas regiões do Norte e períodos de chuva e aguaceiros nas regiões do Centro e Alto Alentejo.

Segundo o Instituto de Meteorologia, o passado mês de Janeiro foi o mais seco dos últimos 100 anos nalgumas regiões do país, que já mereceram a classificação de estado de "seca extrema".

Durante o mês passado, a quantidade de precipitação ocorrida foi inferior a 20 por cento do normal em todo o território continental.

A falta de chuva está a deixar igualmente as albufeiras portuguesas com um défice de armazenamento de água.

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