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Autoridades chinesas aliviam medidas anti-covid após protestos

A Reuters avança mesmo que Pequim vai anunciar medidas mais suaves para todo o país.

Milhares de pessoas saíram às ruas em toda a China em protesto contra a política “covid zero”, que tem levado ao confinamento de cidades inteiras.
Thomas Peters/Reuters
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Após protestos por todo o país, a uma escala nunca vista no mandato de Xi Jinping, as autoridades chinesas aliviaram algumas das severas restrições relacionadas com a covid-19.

Menos de 24 horas depois de confrontos com a polícia em Cantão - entre manifestantes e agentes cobertos dos pés à cabeça com equipamento protetor -, a cidade terminou os confinamentos em pelo menos sete bairros, diz a Reuters. O número de testes exigido também foi reduzido e nalguns locais os contactos próximos com infetados estão a ser autorizados a fazer quarentena em casa. 

De acordo com a agência, o Governo chinês está prestes a anunciar um alívio geral das medidas em termos de quarentenas e testes - é pelo menos o que indicaram as fontes não identificadas da Reuters. Em causa está a redução do número de testes PCR e antigénio obrigatórios, bem como regras nacionais que permitam aos contactos próximos, em determinadas condições, isolarem-se em casa.

Esta semana o vice-primeiro-ministro Sun Chunlan, responsável por fiscalizar as medidas covid, afirmou que a capacidade de o vírus causar doença grave está a enfraquecer. As cidades que levantaram confinamentos esta semana não apresentam os protestos como justificação, mas as autoridades de saúde prometeram responder às "preocupações urgentes" do público.

A China adotou das regras anti-covid mais severas a nível global, estando prestes a completar três anos de restrições. No entanto, muitos chineses disseram à Reuters estar preocupados que o alívio das medidas cause um grande aumento do número de casos. Em 2023, o ano novo chinês celebra-se ainda em janeiro - é o maior movimento migratório do mundo e a mais importante celebração do país, com muitas pessoas a recearem um cenário que podem ter de ficar novamente separadas das suas famílias.
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