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Autárquicas: Marcelo lembra que autarcas são quem "vai gastar" PRR

Até ao meio-dia votaram quase 21% dos eleitores, valor que está abaixo de 2017. Marcelo lembrou papel dos autarcas na pandemia e no PRR. António Costa, secretário-geral do PS, afirmou que "seguramente, esta não foi a última campanha". Rui Rio disse que estas são as eleições em que "que o povo vota no povo".

São 9,3 milhões os portugueses em condições de votar nestas autárquicas Vitor Chi
26 de Setembro de 2021 às 12:22
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O Presidente da República lembrou este domingo que os próximos autarcas são quem "vai ter a responsabilidade de gastar boa parte do dinheiro dos fundos europeus". "Não vir votar nestas eleições é uma coisa difícil de entender", desabafou Marcelo Rebelo de Sousa depois de ter exercido o seu direito de voto em Celorico de Basto.


O Chefe de Estado comentava assim os números da abstenção, que até ao meio-dia estavam mais elevados do que há quatro anos. "O tempo está muito melhor, estamos numa fase completamente diferente, já não há receio, o temor", afirmou Marcelo numa análise às diferenças existentes face ao último ato eleitoral realizado, as Presidenciais de janeiro.

Para o Presidente, este é agora um "ciclo que se abre", pelo que a decisão dos portugueses deve ter em conta a chamada bazuca europeia. "Parte mais significativa dos fundos europeus vai ser gasta nos próximos quatro anos, os eleitores depois como é que poderão dizer que não perceberam que era decisivo votar para escolher quem vai gastar", avisou.

De manhã, o primeiro-ministro António Costa votou esta manhã numa escola em Benfica, Lisboa, sublinhando o papel dos "180 mil portugueses que concorrem nas diferentes listas aos diferentes órgãos autárquicos". "Esta é a grande festa da democracia", destacou o socialista.



Sobre o futuro e numa altura em que muito se fala de uma eventual sucessão no PS, António Costa deixou um recado interno. "Seguramente, esta não foi a minha última campanha eleitoral e acabei de ser reeleito secretário-geral do PS – estou 200% empenhado em governar o país."


Já o líder social-democrata votou no Porto e adiantou que a"s expectativas para o dia de hoje são boas". Para Rui Rio, "as eleições autárquicas são muito diferentes das outras", já que "são eleições em que o povo vota no povo". E tentou evitar ligações entre estes resultados eleitorais e o futuro do partido. "Eu já falei sobre isso, logo à noite podem perguntar-me tudo que eu falarei – aqui não", rematou.



A coordenadora do BE, Catarina Martins, votou em Gaia e  destacou que "o que interessa é que ao longo dia as pessoas não se esqueçam: hoje fazemos escolhas muito determinantes para a forma como a nossa vida coletiva é organizada, o poder local tem uma importância muito grande e é bom que toda a gente possa vir, com o seu voto, ter a sua opinião sobre como deve ser organizada a sua autarquia e isso é o mais importante". "Que ninguém fique em casa", apelou a bloquista.



O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, encorajou Neos eleitores a aproveitarem "o desconfinamento para respirar e votar" nas eleições autárquicas, considerando que ainda é cedo para fazer leituras sobre a abstenção.

"Estão criadas as condições para exercer, simultaneamente, um direito cívico, um direito democrático, que é o da votação. Estou esperançado que apesar dessa dificuldade objetiva [por causa da pandemia, os eleitores] aproveitem o desconfinamento para respirar e votar", disse o dirigente comunista no final da votação.



Jerónimo de Sousa chegou ao Pavilhão Desportivo do Agrupamento de Escolas de Santa Iria da Azoia pelas 11:00 e três minutos depois já tinha colocado o boletim de voto na urna.


Mais duro, o líder do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos afirmou que "há muita gente que tem medo de votar em quem quer", lamentando a existência de "chantagens e ameaças". "Apelo a todos os portugueses que não deixem de fazer as suas escolhas."



Já a porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, estimou que o partido vai ter um "dia histórico" nestas eleições autárquicas, com a eleição do seu primeiro vereador, e sublinhou a importância das decisões do poder local na vida dos portugueses.

Paula Inês Alves de Sousa Real foi o nome chamado às 11:26 na secção de voto n.º 50 da Escola Básica do 2.º e 3.º ciclos de Telheiras, na freguesia do Lumiar, em Lisboa.



"Estamos muito confiantes. Achamos que hoje vai ser um dia histórico para o PAN e que vamos, finalmente, ter a oportunidade de ter uma vereação e de pôr em prática aquilo que tem sido o ideário do PAN. [...] Hoje será uma viragem para a vida autárquica do partido", afirmou aos jornalistas, pouco depois de exercer o seu direito de voto.

João Cotrim Figueiredo foi o primeiro dos líderes partidários a votar. "Estamos certos que vamos celebrar a eleição de vários autarcas liberais", afirmou o também deputado e presidente do Iniciativa Liberal. Cotrim Figueiredo votou numa escola no centro de Lisboa.


































André Ventura foi o últim dos líderes partidários a votar. Felo numa escola na zona do Parque das Nações, em Lisboa. O presidente do Chega mostrou-se confiante nos resultados do partido neste ato eleitoral. Sobre a fraca adesão da população à votação até ao meio dia, Ventura entende que o número deve ser "uma lição que todos" "É uma lição que nós, políticos, líderes partidários, temos de tirar."





Abstenção elevada

Até às 12h votaram 20,94% dos eleitores inscritos, segundo os dados entretanto divulgados pela secretaria-geral do Ministério da Administração Interna. O valor fica abaixo da abstenção registada nas autárquicas de 2017, à mesma hora, quando tinham votado 22,1% dos eleitores. Em 2017 a abstenção final foi de 45%

 

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