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Ativistas atingem Medina com tinta. "Tenho uma apoiante em relação à subida do IUC", diz

Uma ativista presente entre a plateia da aula aberta na FDUL atirou tinta ao ministro gritando "sem futuro não há paz". Medina respondeu ironicamente.

20 de Outubro de 2023 às 16:57
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O ministro das Finanças foi atingido por um jato de tinta de verde por uma ativista climática, poucos minutos depois do início de uma aula aberta para apresentação da proposta do Orçamento do Estado para 2024 (OE 2024) na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (FDUL). 

O protesto começou fora de portas com gritos de alguns ativistas, mas veio para dentro do auditório com a ação de uma jovem ativista saída da plateia. A ação foi imediatamente travada pela ação das forças de segurança presentes no local.

Fernando Medina respondeu com ironia dizendo que "pelo menos sei que tenho uma apoiante em relação à subida do IUC", remetendo para a polémica em torno do agravamento do imposto para carros antigos.

O grupo de cinco ativistas gritava, fora de portas, "sem futuro não há paz". Depois da largos minutos a manifestar-se à porta do auditório, acabaram por ser levados um a um pelos braços pelas forças policiais presentes.

O ministro até levantou a hipótese de fazer um intervalo na sessão, mas preferiu continuar a palestra apesar do barulho oriundo do lado de fora do auditório principal da FDUL.

Filipe Arede Nunes, vice-diretor da FDUL presente na sessão, pediu desculpa em nome da faculdade sublinhando que aquele "é um espaço de debate , mas não é um espaço de violência".

Este é já o segundo ataque com tinta verde a membros deste Governo nos últimos meses. Já no final de setembro, o ministro do Ambiente e da Ação Climática Duarte Cordeiro foi atingido com um balão de tinta quando participava numa iniciativa organizada pela CNN Portugal patrocinado pela EDP e a Galp.

Grupo promete ocupar Ministério do Ambiente

O ataque, entretanto, já foi reivindicado pelo movimento "Greve Climática Estudantil". Em comunicado enviado às redações, o grupo diz que esta é uma ação que responde à "recusa do Governo em fazer a transição justa que garante que temos um futuro".

O movimento anunciou também a intenção de, no dia 24, ocuparem o Ministério do Ambiente que consideram representar "a inação geral do nosso Governo em lidar com esta crise". "Vamos mostrar que se o governo se recusa a garantir o nosso futuro, o vamos tomar pelas nossas próprias mãos", acrescenta.

"O Governo continua a dar pequenos passos como se tivessemos décadas para realizar a transição energética, temos até 2030. Este orçamento é o espelho deste Governo: negacionista e criminoso. Estamos em plena crise climática, como é possível o principal foco deste orçamento não ser uma transição justa para energias renováveis? Isto é um crime contra a nosso futuro e a nossa vida", argumenta Beatriz Xavier, estudante de 19 anos e porta-voz do movimento.

(notícia em atualização)
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