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Associação da GNR diz que extinção da Brigada de Trânsito foi "crasso erro"
A Associação Socioprofissional Independente da Guarda (ASPIG/GNR) considerou um "crasso erro" a extinção da Brigada de Trânsito da GNR, que durante décadas deu mostras "da elevada capacidade na diminuição da sinistralidade rodoviária".
Em comunicado, a ASPIG considera que os resultados da operação de trânsito da GNR "Natal Tranquilo" merecem uma reflexão pela sua gravidade, devendo o poder político corrigir o erro da extinção da Brigada de Trânsito.
A Guarda Nacional Republicana indica que, durante a operação "Natal Tranquilo", que decorreu entre os dias 21 e 26, registaram-se 1.360 acidentes, 15 mortos (mais do dobro da operação do ano passado), 29 feridos graves e 449 feridos ligeiros.
Segundo a GNR, a operação deste ano, que durou mais um dia do que a do ano passado, foi mais negativa a todos os níveis: mais 313 acidentes rodoviários, mais oito vítimas mortais, mais cinco feridos graves e mais 112 feridos ligeiros.
"Em Portugal, o número de vítimas mortais em acidentes rodoviários vem contrariando a tendência europeia que aponta para um decréscimo", sustenta a ASPIG, criticando o poder político que "teima em não tomar medidas adequadas para corrigir" esta realidade.
A associação da GNR sublinha que o poder política continua "teimosamente a ignorar o crasso erro que foi a extinção da Brigada de Trânsito da GNR, que durante décadas deu mostras de elevada capacidade na diminuição da sinistralidade rodoviária".
Para a ASPIG, a extinção da Brigada de Trânsito foi o resultado de "uma decisão política imponderada e desprovida de adequada informação".
Extinta em 2009, a Brigada de Trânsito deu origem à Unidade Nacional de Trânsito e aos Destacamentos de Trânsito dos Comandos Territoriais.