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António Costa: UE empenhada no Acordo de Paris, após renúncia dos EUA

O republicano Donald Trump foi empossado há dois dias e anunciou pouco depois que os Estados Unidos da América (EUA) iam deixar o Acordo de Paris de 2015, que estabeleceu objetivos para mitigar e adaptar os países às consequências das alterações climáticas.

O ex-primeiro-ministro, António Costa, será o próximo presidente do Conselho Europeu, sucedendo ao belga Charles Michel.
Johanna Geron; /Reuters
09:59
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O presidente do Conselho Europeu insistiu hoje que a União Europeia (UE) vai "continuar empenhada" nos objetivos estabelecidos com o Acordo de Paris, dois dias após Washington ter anunciado uma nova saída do tratado.

"Vamos continuar empenhados nos objetivos de desenvolvimento sustentável, no pacto para o futuro e no Acordo de Paris", disse António Costa, perante os eurodeputados, em Estrasburgo, França.

No Parlamento Europeu (PE), o presidente do Conselho Europeu disse que a UE está empenhada em "todos os compromissos internacionais", incluindo as decisões para debelar as alterações climáticas e as desigualdades.

O republicano Donald Trump foi empossado há dois dias e anunciou pouco depois que os Estados Unidos da América (EUA) iam deixar o Acordo de Paris de 2015, que estabeleceu objetivos para mitigar e adaptar os países às consequências das alterações climáticas.

O acordo também estipulou a necessidade de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa e a pegada carbónica dos países, para tentar contrariar uma tendência já com consequências meteorológicas devastadoras para algumas regiões do planeta.

Aludindo às palavras de Donald Trump sobre um protecionismo norte-americano, o presidente do Conselho Europeu sublinhou que a UE "é um projeto para a paz, que é estável há décadas por valorizar as alianças que fez", nomeadamente com os EUA, ressalvando a "interdependência económica" e importância de "sociedades integradas".

No entanto, face à imprevisibilidade geopolítica internacional, o ex-primeiro-ministro português advogou que a UE precisa de assumir "uma responsabilidade maior sobre a sua defesa, autonomia estratégica e soberania".

"Estamos no caminho para construir a União da defesa", sustentou António Costa.

O presidente do Conselho Europeu também apontou para outras partes do planeta, já que em Washington a diretiva é o protecionismo.

"Uma vez que o mundo é multipolar, expressões como o sul global ou norte global não têm sentido. Na verdade, o mundo é plural, requer abordagens específicas e ainda mais energia e empenho da nossa parte", completou.

António Costa apontou as cimeiras nos primeiros seis meses de 2025 com a África do Sul, países da Ásia central, Brasil e Japão como oportunidades para a UE reforçar parcerias que "avancem nos desafios de maneira coletiva e eficaz".

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