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António Costa: "Financiamento da União Europeia vai exigir grande esforço de imaginação"

Na sua intervenção na Academia Socialista, o ex-primeiro-ministro, que vai ser o próximo presidente do Conselho Europeu, disse que "pode ser que me vejam menos, mas eu estou cá".

O ex-primeiro-ministro, António Costa, será o próximo presidente do Conselho Europeu, sucedendo ao belga Charles Michel.
Johanna Geron; /Reuters
31 de Agosto de 2024 às 21:33
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O ex-primeiro-ministro António Costa defendeu este sábado, na rentrée do Partido Socialista em Tomar, que para manter a política de coesão, a política agrícola comum,  ter uma política industrial, combater as alterações climáticas ou erradicar a pobreza, a União Europeia tem "o desafio do financiamento", que "vai exigir um grande esforço de imaginação nos próximos anos".

Na intervenção, o próximo presidente do Conselho Europeu defendeu que é necessário encontrar novas vias, já que esses recursos "não virão de mais generosidade dos Estados-membros", acrescentando que os Estados têm as suas próprias limitações e constrangimentos a que não estávamos habituados.

"Temos mesmo de ter outros recursos", que podem ser por recurso à dívida ou novas taxações, apontou, dando como exemplo as taxas de carbono e de comércio digital, "que devem ser receitas próprias da União Europeia e não dos Estados-membros".

Em seu entender, "é preciso explorar as novas regras de governação económica", mais "amigas do investimento inteligente".

Na Academia Socialista, em Tomar, António Costa defendeu que "a Europa é grande fator de progresso" e salientou que o próximo grande choque de competitividade "é mesmo o da convergência salarial com a UE".

Apontou o desafio da guerra na Ucrânia, para defendeu que "a Rússia não pode ganhar a guerra", e sublinhou que a Europa tem de se preparar para integrar "seguramente nove países", todos eles "com realidades distintas".

"Temos de nos preparar do ponto de vista das instituições e financeiro", avisou.

António Costa sublinhou ainda o desafio da Europa se manter competitiva e prosperar nos próximos anos, para defender que "é tempo de voltarmos a ter uma politica comercial" e de "termos autonomia do ponto de vista energético" e de aproximar as cadeias de abastecimento.

"Temos de investir mais na inovação", defendeu ainda, apontando ainda como desafio "a reinserção da Europa no mundo", salientando que o mundo não se limita à Europa, EUA e China.

"A Europa tem de saber liderar onde é imbatível, que é nos valores", disse.

No final da sua intervenção, despediu-se ainda dos socislitas afirmando que "nos próximos anos estarei menos presente no dia a dia do PS", mas "a minha maior ausência não significa menor pretensa ao meu partido". "Pode ser que me vejam menos, mas eu estou cá", concluiu.

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