Notícia
António Costa e Silva defende que aposta no SNS deve abranger carreiras médicas
O gestor António Costa e Silva elogiou hoje a "aposta forte no Serviço Nacional de Saúde (SNS)" feita pelo Governo no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), mas defendeu que deve abranger as carreiras médicas.
20 de Fevereiro de 2021 às 18:39
O professor universitário e gestor da petrolífera Partex, que o primeiro-ministro, António Costa, escolheu para preparar um programa de recuperação económica e social do país até 2030, denominado "visão estratégica" e apresentado no ano passado, pronunciou-se hoje sobre o PRR do Governo, que está desde terça-feira em consulta pública.
Numa intervenção por videoconferência num fórum promovido pela Juventude Socialista (JS) intitulado "Vencer o futuro - Faz ouvir a tua voz", António Costa e Silva sustentou que "a crise pandémica mostrou que nestas alturas, quando há uma crise exógena brutal", a salvação "não são os mercados, é o Estado, o SNS".
"Eu fico muito contente que o Governo tenha contemplado, no âmbito do PRR, uma aposta forte no SNS, no sistema nacional de saúde. E penso que essa aposta se deve fazer não só ao nível das infraestruturas, mas também nos profissionais, nas carreiras médicas, na valorização e na criação de condições para respondermos às crises futuras", acrescentou.
O professor e gestor advertiu que Portugal tem de estar preparado para enfrentar "não só risco da próxima pandemia, mas também das catástrofes naturais, dos incêndios, o risco sísmico".
No seu entender, por isso, "no âmbito do PRR", deve-se procurar "criar uma espécie de internet do território", que consiste na "capacidade de recolher dados com fotografia aérea, imagens de satélite, drones, sensores, e a capacidade de tratar esses dados", para "depois se definir as políticas adequadas".
Por outro lado, nesta intervenção, António Costa e Silva insistiu na ideia de "sediar em Beja ou em Mértola a capital europeia ou a capital mediterrânica da luta contra a desertificação, para mobilizar os fundos europeus, mobilizar a capacidade científica, as universidades, os politécnicos, as autarquias, as empresas, para fazer face a esse fenómeno".
"Há fundos europeus destinados à luta contra a desertificação", assinalou.
Segundo Costa e Silva, esta "é uma área em que Portugal pode desempenhar um papel muito importante, porque pode pôr o seu papel geopolítico ao serviço da geoeconomia", aproveitando o seu 'softpower' "para lutar contra aquilo que é um dos grandes desafios deste século, a luta contra a desertificação, contra a ameaça ambiental".
O professor do Instituto Superior Técnico ressalvou que o PRR não é o único instrumento que dará sequência à "visão estratégica" que apresentou, destacando a importância do quadro financeiro plurianual da União Europeia.
"E é evidente que existe no PRR pouco daquilo que estava na visão estratégica em termos do mar, mas o mar é uma das apostas fundamentais para o futuro, não só em termos dos portos, das plataformas logísticas, mas também da investigação de tudo aquilo que se passa em termos dos oceanos", apontou.
António Costa e Silva deu como exemplo a Noruega e a sua participação num projeto com sensores e sistemas de inteligência artificial no fundo do mar: "Usando a ciência, o conhecimento, intervêm ao nível da gestão dos cardumes, da definição dos tempos de pesca e subitamente o que estamos a ver é uma pesca sustentável, reavivar dos cardumes, é o uso inteligentemente dos recursos".
O Plano de Recuperação e Resiliência, que Portugal apresentou para aceder às verbas comunitárias para fazer face às consequências da pandemia de covid-19, prevê 36 reformas e 77 investimentos nas áreas sociais, clima e digitalização, correspondentes a um total de 13,9 mil milhões de euros de subvenções.
Depois de um primeiro esboço apresentado à Comissão Europeia, em outubro passado, e de um processo de conversações com Bruxelas, o Governo português colocou a versão preliminar e resumida deste plano em consulta pública, na passada terça-feira.
Segundo o executivo, foram definidas três "dimensões estruturantes" de aposta - resiliência, transição climática e transição digital -, às quais serão alocados 13,9 mil milhões de euros de subvenções a fundo perdido das verbas europeias.
No documento, estão também previstos 2,7 mil milhões de euros através de empréstimos.
Numa intervenção por videoconferência num fórum promovido pela Juventude Socialista (JS) intitulado "Vencer o futuro - Faz ouvir a tua voz", António Costa e Silva sustentou que "a crise pandémica mostrou que nestas alturas, quando há uma crise exógena brutal", a salvação "não são os mercados, é o Estado, o SNS".
O professor e gestor advertiu que Portugal tem de estar preparado para enfrentar "não só risco da próxima pandemia, mas também das catástrofes naturais, dos incêndios, o risco sísmico".
No seu entender, por isso, "no âmbito do PRR", deve-se procurar "criar uma espécie de internet do território", que consiste na "capacidade de recolher dados com fotografia aérea, imagens de satélite, drones, sensores, e a capacidade de tratar esses dados", para "depois se definir as políticas adequadas".
Por outro lado, nesta intervenção, António Costa e Silva insistiu na ideia de "sediar em Beja ou em Mértola a capital europeia ou a capital mediterrânica da luta contra a desertificação, para mobilizar os fundos europeus, mobilizar a capacidade científica, as universidades, os politécnicos, as autarquias, as empresas, para fazer face a esse fenómeno".
"Há fundos europeus destinados à luta contra a desertificação", assinalou.
Segundo Costa e Silva, esta "é uma área em que Portugal pode desempenhar um papel muito importante, porque pode pôr o seu papel geopolítico ao serviço da geoeconomia", aproveitando o seu 'softpower' "para lutar contra aquilo que é um dos grandes desafios deste século, a luta contra a desertificação, contra a ameaça ambiental".
O professor do Instituto Superior Técnico ressalvou que o PRR não é o único instrumento que dará sequência à "visão estratégica" que apresentou, destacando a importância do quadro financeiro plurianual da União Europeia.
"E é evidente que existe no PRR pouco daquilo que estava na visão estratégica em termos do mar, mas o mar é uma das apostas fundamentais para o futuro, não só em termos dos portos, das plataformas logísticas, mas também da investigação de tudo aquilo que se passa em termos dos oceanos", apontou.
António Costa e Silva deu como exemplo a Noruega e a sua participação num projeto com sensores e sistemas de inteligência artificial no fundo do mar: "Usando a ciência, o conhecimento, intervêm ao nível da gestão dos cardumes, da definição dos tempos de pesca e subitamente o que estamos a ver é uma pesca sustentável, reavivar dos cardumes, é o uso inteligentemente dos recursos".
O Plano de Recuperação e Resiliência, que Portugal apresentou para aceder às verbas comunitárias para fazer face às consequências da pandemia de covid-19, prevê 36 reformas e 77 investimentos nas áreas sociais, clima e digitalização, correspondentes a um total de 13,9 mil milhões de euros de subvenções.
Depois de um primeiro esboço apresentado à Comissão Europeia, em outubro passado, e de um processo de conversações com Bruxelas, o Governo português colocou a versão preliminar e resumida deste plano em consulta pública, na passada terça-feira.
Segundo o executivo, foram definidas três "dimensões estruturantes" de aposta - resiliência, transição climática e transição digital -, às quais serão alocados 13,9 mil milhões de euros de subvenções a fundo perdido das verbas europeias.
No documento, estão também previstos 2,7 mil milhões de euros através de empréstimos.