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Ana Gamboa é a nova presidente do Sindicato dos Impostos

O sindicato dos Trabalhadores dos Impostos foi a votos na semana passada e elegeu uma nova direção, que vai ser liderada por uma mulher. Ana Gamboa já integrava a direção cessante, liderada por Paulo Ralha, que vai sair do Fisco para o setor privado.

Miguel Baltazar
25 de Novembro de 2019 às 18:50
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Ana Gamboa, 42 anos, inspetora tributária em Lisboa, vai ser a nova presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI) para o período 2020 a 2023. A eleição decorreu no final da passada semana e a lista liderada por Ana Gamboa recolheu 69,16 % dos votos. A nova presidente integra o STI desde 2000, o ano em que entrou para a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), e fazia parte da direção cessante, onde detinha o pelouro da formação.

Além de Ana Gamboa, faziam também já parte desta direção dois dos vice-presidentes, Gonçalo Rodrigues e Luís Ferraz, bem como a nova tesoureira, Vanda Bento.

A outra lista concorrente obteve 20% dos votos, tendo ainda havido 10,7% de brancos ou nulos.

A tomada de posse da nova direção vai decorrer em janeiro e Ana Gamboa substituirá Paulo Ralha, que estava à frente do ATI desde 2012, tendo levado por diante dois mandatos consecutivos. Há quatro anos, quando tomou posse do segundo, Paulo Ralha adiantara já que, muito embora não haja limitação do número de mandatos, não pretendia voltar a candidatar-se.

Ao longos destes oito anos, afirma agora ao Negócios, "o STI conseguiu algumas conquistas importantes, desde logo a negociação das carreiras". A este nível, entre os pontos por que se bateu o sindicato destaca "o retorno do vinculo de nomeação, entrada na carreira igual para todos os funcionários através de licenciatura e a possibilidade de haver progressões sem quotas, só de acordo com o mérito das pessoas".

O sindicato manteve uma presença ativa junto dos centros de decisão também em matérias que não diziam respeito apenas diretamente à classe, como a impossibilidade de o Fisco vender casas penhoradas por falta de pagamento de impostos ou o encerramento de serviços de Finanças que chegou a estar em cima da mesa ainda na sequência da crise e das medidas impostas pela troika.

Paulo Ralha era funcionário das AT de Barcelos e esteve a tempo inteiro no sindicato durante o período em que foi presidente. Prepara-se agora para sair com licença sem vencimento, para trabalhar "no setor privado puro", mas numa função "sem ligação à área tributária". "Já estou a sentir a adrenalina de ter de fazer pela vida. Deixar a rede para trás. É uma sensação de liberdade muito grande", remata.

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