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Algumas autarquias vão ter dificuldade em cumprir empréstimos com Euro 2004

A situação financeira de algumas autarquias por causa dos investimentos no âmbito do Euro 2004 pode ser preocupante, admite Vítor Martins, Professor do ISEG, responsável pelo estudo Avaliação do Impacto Económico do Euro 2004.

04 de Junho de 2004 às 13:29
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A situação financeira de algumas autarquias por causa dos investimentos no âmbito do Euro 2004 pode ser preocupante, admite Vítor Martins, Professor do ISEG, responsável pelo estudo Avaliação do Impacto Económico do Euro 2004.

Uma auditoria do Tribunal de Contas, conhecida no final de Maio, alertava para o facto das autarquias promotoras terem ficado altamente endividadas com a construção dos estádios para o Euro 2004, cujo custo ultrapassou o valor previsto.

Vítor Martins chamou a atenção para o facto dos custos acima do estimado terem sido suportados pelas autarquias e pelos clubes, sem acréscimos para a Administração Central.

«A situação financeira pode ser preocupante ao nível das autarquias mas não ao nível dos clubes. Pode haver autarquias que tenham dificuldade em cumprir empréstimos», disse o professor do Instituto Superior de Economia e Gestão, à margem da conferência para apresentação do estudo Avaliação do Impacto Económico do Euro 2004.

Para o Professor, as autarquias vão ter que desenvolver modelos de valorização dos investimentos realizados, arranjando formas, além dos jogos, de exploração dos novos estádios.

«A amortização dos empréstimos contraídos é para ser feita em 20 a 30 anos, as autarquias vão ter que pensar em estratégias de longo prazo para exploração dos estádios», disse a mesma fonte.

Investimento das autarquias atinge 37,1% do total

O investimento das autarquias em estádios e estacionamentos para o Euro 2004 atingiu os 241,32 milhões de euros, ou seja, 37,1% do total do investimento realizado.

Apenas os estádios de Braga, Bessa (cujo custo foi suportado pelo Estado e pelo clube, a autarquia não comparticipou) e Magalhães Pessoa de Leiria tiveram um custo abaixo do estimado. Todos os outros custaram mais que o previsto.

O estádio do Algarve foi o que verificou um diferencial investimento estimado/ investimento real maior, 12%, seguido do estádio Municipal de Aveiro, 8,21%, isto dos estádios cujo custo foi comparticipado pelas autarquias.

No caso dos Estádios da Luz, José Alvalade e Dragão o investimento adicional foi integralmente suportado pelos clubes e não pelas autarquias.

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